29 jun Moradores de Palhoça sofrem para chegar em casa com novo sistema de transporte
Uma hora e 20 minutos é o tempo que o passageiro Frederico Andrade, morador do bairro Passa Vinte, em Palhoça, leva para chegar até sua casa, quando sai do Ticen (Terminal Integrado do Centro), em Florianópolis. Tudo ficou pior desde o último dia 7, quando o Sistema Integrado de Transporte da Palhoça começou a funcionar. Desde então, sobram críticas por parte da população.
“Antes esse trajeto era feito em cinquenta minutos”, reclama ele. Frederico, assim como milhares de usuários que utilizam as linhas da empresa Jotur (Auto Ônibus e Turismo Josefense), avalia que o maior problema está na mudança de ônibus que acontece no terminal integrado, localizado no bairro Ponte do Imaruim, na Palhoça. “Muitas vezes temos que esperar até 40 minutos para embarcar num ônibus que nos levará até os bairros”, critica.
Para alguns usuários o problema tem horários específicos para acontecer. “Quando eu venho trabalhar é uma maravilha, pois eu levo 20 minutos do terminal da Palhoça até aqui”, afirma Adailton Silveira, morador do bairro São Sebastião. Ele afirma que o maior problema está na Estação, pois no TICEN os ônibus saem a todo momento, porém as pessoas chegam na Estação e não têm ônibus para ir para casa. “Antes tínhamos um ônibus que nos levava direto para casa, eram três ônibus saindo ao mesmo tempo para destinos próximos, agora os ônibus vão para lugares específicos, e demoram a sair da estação”, ressalta Silveira.
O Sistema Integrado de Transporte da Palhoça começou a funcionar no último dia 07 e desde então vem sendo alvo de críticas constantes por parte da população.
Ônibus lotados irritam passageiros
Outra reclamação dos passageiros é quantidade de ônibus que fazem as linhas Parador. Segundo eles, como não existem mais os ônibus que vão para os bairros, os ônibus Parador acabam pegando todos os passageiros que estão no ponto. “o Palhoça Parador, acaba tendo que parar em todos os pontos, pois não existem outras opções, o que acaba atrasando ainda mais a viagem”, reclama a estudante Eduarda Souza, moradora do bairro Ponte do Imaruim. “Eu demoro uma hora e trinta minutos para chegar até minha casa, sendo que eu moro a dez minutos da Estação”, conclui.
Eduarda reclama também da falta de organização da empresa. “Teve uma vez que os passageiros tiveram que mudar três vezes de ônibus, pois tinha um cadeirante e a máquina de elevação estava estragada”, critica ela, que questiona o fato desses problemas não serem vistos antes dos veículos serem liberados para uso.
“Que horas o próximo ônibus vai sair?”
É esse um dos principais questionamentos por parte da população. Os horários de saída dos ônibus são divulgados no telão do TICEN que fica no início da plataforma da empresa, porém, muitos passageiros reclamam que isso não é suficiente. “Os horários deveriam ficar próximo aos ônibus, seja em telões ou em papeis colados nos postes da plataforma”, sugeriu a estudante.
Jotur avalia críticas
“O sistema está sendo avaliado e alterado diariamente para que possamos proporcionar ao usuário um transporte que atenda as necessidades de todos”. Assim justificou o gerente operacional da Jotur, Renato Christ. Para ele, os problemas que estão sendo apresentados são naturais devido ao processo de implantação do sistema.
Questionado sobre as críticas apresentadas pelos usuários, que reclamaram do tempo de espera na estação, que de acordo com os horários disponíveis no site da empresa variam de 15 a 50 minutos, dependendo da linha, Christ declarou que isso é uma questão de organização. “As pessoas têm acesso aos horários de cada linha e precisam se organizar de acordo com aquilo que é disponibilizado”.
Christ fez questão de salientar que por enquanto os 160 ônibus mais os 10 articulados modelo BRT (Bus Rapid Transit – Trânsito Rápido de Ônibus) que estão circulando são suficientes para atender a demanda. “Se houver a necessidade compraremos mais veículos”, garantiu.
(ND, 29/06/2012)