19 jun Alternativas para a mobilidade urbana estão entre as propostas do anteprojeto do plano diretor de Florianópolis
Corredor de mobilidade e articulação do Norte ao Sul da Ilha, centros de cidadania e reciclagem, ampliação do sistema de ciclovias em todas as regiões, túnel no morro da cruz, conservação da paisagem natural e ordenação do crescimento.
Essas são algumas das ideias para a Capital sugeridas no anteprojeto do novo plano diretor de Florianópolis que foram apresentadas, na noite desta segunda-feira, por técnicos da prefeitura aos integrantes do movimento Floripa Te Quero Bem. O encontro foi na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC).
Por enquanto, são apenas propostas, pois a prefeitura ainda não enviou o texto final à Câmara de Vereadores, onde deverá ir à votação para só depois virar lei. Na reunião, também não foi divulgada previsão de quando isso acontecerá. Desde 2006, a sua construção é marcada por longa demora.
Atualmente, a fase é de revisão por um núcleo gestor participativo. Novas audiências públicas estão previstas. Foi anunciado que o secretário de Habitação e Saneamento, Salomão Mattos Sobrinho, vai coordenar o plano no lugar do professor Rodolfo Pinto da Luz, que se afastou para a disputa eleitoral.
Florianópolis deverá ter até 750 mil habitantes em 2030
Uma das promessas, por exemplo, é a de que o trabalho terá ações para se pensar a Capital nos próximos anos com a sua população residente e flutuante. Os técnicos da prefeitura estimaram que a população de Florianópolis chegará a 750 mil pessoas em 2030. Das 4,3 mil diretrizes abordadas ao longo dos últimos anos, foram constituídas um resumo com 33 macrodiretrizes.
Elas abordam a conservação da paisagem natural e preservação, centros de humanização e até a criação de uma agência municipal para dar eficácia às ações.
Em relação aos índices de zoneamento, uma das maiores polêmicas, o plano manteria 70% da área verde da Ilha, ou seja, com essa região sem expandir com construções e arranha-céus, como afirmou o técnico Ivo Sostisso.
Áreas da Lagoa da Conceição e Sul da Ilha, por exemplo, seriam conservadas. Já o Norte, teria pontos de crescimento ordenado, assim como alguns bairros do próprio Sul da Ilha, como Campeche e Carianos.
Corredores marítimos
Outra realidade sugerida é a de corredores marítimos como alternativa da mobilidade. Os participantes questionaram como serão as implementações, já que o plano não fixa metas. O maior número de perguntas tratou de quando ele será votado pelos vereadores.
Os técnicos disseram que o plano orientará as medidas, mas que será necessário um processo de gestão para os desdobramentos. O ex-tenista Gustavo Kuerten participou da reunião.
(DC, 18/06/2012)