02 abr Projeto de duplicação da Edu Vieira custa R$ 6 milhões
O projeto de humanização da rua deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal, foi apresentado em detalhes na manhã desta sexta-feira pelo prefeito da Capital e pelo engenheiro responsável pelo projeto, Robinson Sebastiani, da Prosul.
A obra está orçada em R$ 6 milhões e, segundo o secretário de Obras da Capital, Luiz Américo Medeiros, se tudo correr conforme o planejado, será executada em 10 meses. A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) tem participação fundamental na execução da obra, pois precisa liberar parte de sua área para a duplicação da via.
O planejamento prevê a duplicação da rua deputado Antônio Edu Vieira no trecho que vai da Rotisseria Dona Benta, que dá acesso ao Córrego Grande, até a Eletrosul, que liga a Edu Vieira à avenida César Seara. No outro trecho da rua, as obras seguem com um binário em sentido único, do Armazém Vieira até a rótula da Eletrosul. Vias de passeio, ciclovia e recuo para ônibus também integram o projeto. Sebastiani apresentou as licenças ambientais prévias emitidas pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente).
Nas últimas semanas, o Conselho Universitário da UFSC questionou a falta de estudos de impacto ambiental e de um projeto técnico com previsão para ciclovias. O vice-prefeito e secretário de Obras da Capital, João Batista Nunes, disse que o projeto já existe desde 2003 e previa a duplicação de toda a via, e que chegou a ser licitado.
Mas seria necessário fazer desapropriações e isso inviabilizaria a obra, financeiramente. Então, em 2011, o projeto foi readequado com a inclusão de um binário, mantendo a duplicação de parte da rua na região da UFSC. Ele enfatizou que as adequações foram feitas só no trecho que não inclui o terreno da UFSC.
UFSC tem proposta para um túnel
O vice-reitor da UFSC, Carlos Alberto da Silva, afirmou que o projeto que a universidade teve conhecimento foi outro, sem vias de passeio, nem ciclovias. Silva disse que a UFSC tem um projeto, feito há 13 anos, que sugere a construção de um túnel de acesso à região, considerado ideal pelo Conselho Universitário.
“A UFSC nunca se recusou a doar parte do terreno. Estamos dispostos a auxiliar e entendemos a importância da obra, mas precisamos discutir melhor o projeto apresentado agora”, afirmou Silva.
Segundo o chefe de gabinete do reitor, José Carlos Petrus, o Conselho Universitário decidiu que o projeto deve ser aperfeiçoado e discutido em conjunto pela prefeitura e universidade, e deve voltar para a pauta daqui a seis meses. O presidente do conselho e reitor da UFSC, Alvaro Prata, não foi encontrado para comentar o assunto. Ele está viajando.
O relator, Juarez Vieira do Nascimento, atendeu a equipe de reportagem, por telefone, e disse que estava em Maceió. Ele afirmou que poderá se manifestar assim que voltar à Capital, nos próximos dias.
Dario garante que só há um projeto
O prefeito de Florianópolis, Dario Berger, garantiu que o projeto entregue à UFSC é o mesmo apresentado nesta sexta-feira, e que foi ele quem entregou o projeto ao reitor da época. Dario disse que não acha o túnel uma má ideia, mas não teria condições de fazê-lo: “Planejamento não falta. Falta dinheiro para implantar um projeto ideal. Também gostaríamos de fazer obras mais completas, mas preferimos fazer uma parte do que nada.”
O presidente do conselho comunitário do Pantanal, Romeu Franzoni, disse que tem conhecimento do projeto de 2003 e, apesar de ter ficado preocupado no início, ele e a comunidade entenderam a necessidade da obra.
(Letícia Mathias, ND, 30/03/2012)