13 mar Moradores resistem à revitalização das calçadas
Readequação do pavimento visando acessibilidade tem rejeição na Beira-Mar Norte devido ao custo do investimento
Um levantamento feito pela Prefeitura em 2010 mostrou que as calçadas de 113 imóveis localizados na Avenida Beira-Mar Norte não atendiam às regras de acessibilidade. Dentre eles, edifícios residenciais, casas, estacionamentos privados, comércios, bancos, hotéis, restaurantes, praças e imóveis públicos. No ano passado, o Ministério Público propôs um Termo de Ajustamento de Conduta aos proprietários desses imóveis para que adequassem suas calçadas.
O intuito é promover a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, incluindo a colocação de pisos táteis com indicação de alerta e guia para deficientes visuais, além do rebaixamento de calçadas, com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestres em nível, conforme as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, apenas alguns proprietários concordaram em realizar a adaptação das calçadas, prevista na Lei Municipal 7.801, de 2008, pois “a maioria achou os custos muito altos”, afirma o secretário.
Devido a essa situação, Rauen explica que a WOA Empreendimentos Imobiliários se dispôs a adequar grande parte das calçadas da Beira-Mar Norte com recursos próprios. Quem passeia pelo local, já pode notar a diferença.
De acordo com Rauen, após a conclusão da revitalização das calçadas ao longo de toda a Avenida, outros imóveis da cidade serão notificados.
Exército dá mau exemplo
Em meio a essa readequação, chama a atenção um trecho, que fica em frente ao Beiramar Shopping. O terreno de esquina pertence à 14ª Brigada de Infantaria Motorizada e é conhecido como Forte São Luiz. As calçadas estão quebradas e o espaço é cercado por arames, que não impedem a circulação das pessoas.
De acordo com o coronel Pedro Osvaldo Andrade Carolo, já existe um projeto de revitalização para aquela área, e o que impede que seja realizado agora é a falta de recursos disponíveis para este fim. “Estamos aguardando, mas não temos previsão de início das obras”, afirma.
(Jornal Imagem da Ilha, 09/03/2012)