21 mar Conferência discute política cultural para Florianópolis
A construção de políticas públicas para a cultura em Florianópolis mobiliza artistas, produtores culturais e gestores reunidos durante dois dias na 3ª Conferência Municipal de Cultura, que acontece na Capital. Na segunda-feira (19), na abertura do evento, o prefeito Dário Berger anunciou a liberação de cerca de R$ 1,2 milhão para os primeiros Editais de Apoio às Culturas, contemplando 10 setores artísticos e viabilizando 73 projetos culturais. “As ações agora empreendidas pelo poder público municipal são passos importantes para consolidar uma política cultural e para dar segurança jurídica para efetivação de um Plano Municipal de Cultura para a cidade”, observou Berger.
Nesta terça-feira (20), segundo e último dia de atividades, a 3ª Conferência propõe debater as culturas em suas dimensões residuais e emergentes, considerando não apenas os produtores e gestores, mas também os cidadãos como sujeitos de direitos culturais. Após as palestras e mesas redondas para discussão do plano municipal de cultura e temas como memória, inovação, integração e transversalidade, haverá a eleição dos representantes da sociedade civil para compor o Conselho Municipal de Política Cultural nos próximos dois anos.
Prestigiaram a abertura dos trabalhos, no Centro de Eventos da UFSC, o Superintendente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza, representando o Governador do Estado de Santa Catarina, Raimundo Colombo; o Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (MinC), João Roberto Peixe; o Secretário de Governo da PMF, Gean Marques Loureiro; o Superintendente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz; e a Superintendente Adjunta da FCFFC, Roseli Pereira.
Gestão e planejamento
Na abertura da 3ª Conferência de Cultura de Florianópolis, o Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (MinC), João Roberto Peixe, salientou que os municípios exercem um papel fundamental no fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura. “Vive-se um momento muito rico no país, onde não havia uma tradição de se pensar a gestão e o planejamento da cultura. Hoje se pensa o setor de forma consistente a médio e longo prazo. O Plano Nacional de Cultura já está em vigor desde dezembro de 2011 (falta a regulamentação da lei), mas o processo de implantação deve-se dar em todos os níveis. O exemplo de Florianópolis é muito importante nesse sentido”, observou Peixe.
A presidente da Comissão Organizadora da 3ª Conferência Municipal, Waleska Franceschi, ressaltou que o evento proporciona um momento importante para reafirmar a cultura em todos os seus segmentos e pluralidade. “O fomento, o acesso, a produção, a fruição, a circulação e a disponibilização dos bens artístico-culturais constituem um dos maiores mecanismos de inclusão social, crescimento econômico e desenvolvimento humano”, ponderou.
Para a presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Marta César, é importante o debate sobre a dimensão simbólica, cidadã e econômica da cultura. “Não se trata de discutir cultura como um setor isolado, mas como uma argamassa que qualifica as outras políticas públicas e qualifica o conjunto da sociedade”, concluiu a presidente do CMPC.
(PMF,20/03/2012)