Pilar é visualizado no fundo do mar

Pilar é visualizado no fundo do mar

Imagens da estaca que afundou na quarta-feira foram feitas na manhã de domingo e vão ajudar a identificar as causas da queda

A estaca que afundou na última quarta-feira e que era usada na restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, foi visualizada e fotografada pela primeira vez na manhã de domingo. Uma equipe de mergulhadores utilizou uma máquina fotográfica com infravermelho, e a embarcação experimental Roaz 1 ofereceu as coordenadas para se chegar até a estrutura.

A estaca foi visualizada deitada no fundo do mar a uma profundidade de 35,40 metros.

As informações quanto à posição exata da coluna só serão divulgadas oficialmente após a conclusão da perícia, prevista para ocorrer até o final desta semana.

O trabalho faz parte da investigação realizada pelo Consórcio Florianópolis Monumento, responsável pela obra, para apurar as causas da queda da coluna e se ela poderá ou não ser recuperada.

A perícia feita no pilar também irá apontar se será necessário analisar as outras três estacas, fixadas numa mesma profundidade, a 44,40 metros. O resultado da investigação pode definir quem pagará o prejuízo, estimado em R$ 1 milhão.

Caso seja confirmada falha por parte da empresa, ela deve arcar com o gasto extra, senão, o governo deve acionar o seguro.

Primeiro trabalho do Roaz 1 no fundo do mar

A restauração da Ponte Hercílio Luz começou em 2009. Até agora, apenas as cabeceiras estão concluídas. Para apoiar o vão central, o Consórcio Florianópolis Monumento trabalha na colocação de 16 estacas.

Destas, apenas nove foram finalizadas. A estaca que afundou foi a primeira a ser colocada embaixo da ponte e era a estrutura mais próxima do lado insular de Florianópolis.

Segundo o presidente do Deinfra, Paulo Meller, o incidente não causará atrasos na restauração.

A embarcação experimental conhecida como Vantna (veículo autônomo não-tripulado de navegação autônoma) pode prever catástrofes ambientais, condições climáticas em ambientes aquáticos, monitoramento e temperatura da água.

Seu primeiro teste ocorreu em fevereiro do ano passado e o primeiro trabalho no fundo mar foi para dar a localização exata da estaca desaparecida na quarta-feira.

O barco, em forma de golfinho, possui comando em terra por um controle remoto. O Roaz 1 foi construído com fibra de compensado e revestido com isopor.

(Por Aline Rebequi, DC, 17/01/2012)