24 jan Cerca de 35 toneladas de algas retiradas na Lagoa da Conceição
O trabalho foi para a retirada das algas que geram mau cheiro na Lagoa da Conceição
As algas que contaminaram a Lagoa da Conceição foram retiradas a contento num volume de 35,2 toneladas.
Toda a ação foi acompanhada por profissionais Agrônomos e Biólogos, justamente para que as espécimes que habitam o substrato da Lagoa não fossem prejudicadas. Portanto, nenhum produto sólido, líquido ou gasoso foi utilizado a não ser os garfos, redes e mão de obra humana.
“Acreditamos que por um bom tempo as algas não se proliferarão, todavia, fica o alerta bem destacado pelo Superintendente Gerson Basso: Identificação, notificação, autuação, lacre do esgoto clandestino despejado na Lagoa da Conceição; Desassoreamento, a retirada de entulhos e areia do fundo; e o alargamento do Canal da Ponte, para dar maior vazão – oxigenação e fluxo de águas para a Lagoa de Baixo”, informa Marco Aurélio Abreu, Diretor de Gestão Ambiental da Fundação.
Adicionado isso, aguarda-se pelo novo projeto da ponte da Lagoa cujo alargamento do canal para a vazão da água deve ser no mínimo duas vezes a largura atual, de nove metros, ou seja, dezoito metros.
Finalizando, a FLORAM está com monitoramento ambiental da Lagoa, pois com o clima ainda de verão, poderá até maio, ter outros focos de proliferação desta macro alga e a intervenção para remoção das mesmas terá que ser feita.
Como ocorre o processo de crescimento de algas
A eutrofização é a consequência do processo de poluição dos corpos d’água e que adquirem coloração turva. O início deste problema está no acúmulo de nutrientes dissolvidos na água, normalmente através da ação do homem. A Lagoa vem recebendo o destino final de esgoto, através de ligações clandestinas, fazendo com que a matéria orgânica seja toda despejada na água.
Com esta grande concentração de nutrientes, luz e o aumento da temperatura, as algas multiplicam-se rapidamente, formando uma espessa superfície na água, impedindo a penetração de luz às zonas profundas. As colônias de algas que se encontram em profundidades maiores, deixam de receber luz e produzir oxigênio. Nestas circunstancias, os corpos hídricos com as algas exalam o mau cheiro, em função da decomposição destas.
Em decorrência do crescente aumento de moradores e visitantes no entorno, a Lagoa da Conceição recebeu a contaminação de efluentes domésticos durante muito tempo. Mesmo que os esgotos sejam tratados, o crescimento de algas se manterá durante algum tempo, tendo em vista os nutrientes que estão acumulados no fundo da lagoa (lodo) propiciam o aumento das mesmas.
(PMF, 23/01/2012)