12 dez Sujeira em frente ao bar mais badalado de Jurerê Internacional irrita moradores
O dia amanheceu nublado, sem muitos banhistas na orla de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Com o ar fresco, muitos moradores aproveitaram para caminhar e baixar o exagero do fim de semana. Mas ao passar em frente ao Taikô, um dos bares mais badalados da praia, a reclamação era a mesma:
— Fotografaram a sujeira? Se não, eu tenho aqui na minha câmera! – exclamou um frequentador veterano que não quis se identificar — sou conhecido do dono, prefiro não dar meu nome.
As lixeiras transbordavam. Restos de coco e garrafa de cerveja são o lixo mais comum. Pelas 9h, o gari da Comcap – Companhia de Melhoramentos da Capital – ensacava os detritos do entorno. Até o dia 15 de dezembro, quando começa o mutirão com 10 funcionários por dia, ele recolherá sozinho o lixo de toda orla de Jurerê Internacional. Segundo ele, já faz um mês que o movimento é intenso.
— Na segunda-feira é sempre mais complicado, pois domingo é meu dia de folga — diz.
Uma moradora que também ficou com receio de se identificar fez questão de dizer:
— Moro aqui há quase 18 anos e foi sempre assim. O que custa para o Taikô contratar uma pessoa para fazer a limpeza? — questiona.
A grande quantidade de ambulantes irregulares em frente ao bar, para o proprietário do Taikô Leandro Adegas, é um agravante na produção de lixo. Segundo ele, há limpeza diária e a última foi feita no fim da tarde de domingo.
— A sujeira não é nossa responsabilidade, nem devemos ser responsabilizados por isso. O nosso estabelecimento atrai muitos vendedores informais, o que acaba gerando uma quantidade grande de lixo que não é de nossa responsabilidade — afirma.
Sem ter responsabilidade, um guarda-vidas parou a corrida matinal para recolher garrafas de cerveja. Segundo a assessoria de um dos bares vizinhos, elogiados pelos moradores, os funcionários da limpeza do estabelecimento cuidam também da orla e da rua. Lixo dos banhistas negligentes e folders de publicidade caídos no estacionamento são recolhidos e colocados na lixeira interna do bistrô.
(DC, 12/12/2011)