Rancho de Amor à Ilha será obrigatória em eventos esportivos

Rancho de Amor à Ilha será obrigatória em eventos esportivos

Agora é lei! A execução do Rancho de Amor à Ilha do poeta Zininho, nos eventos esportivos no município de Florianópolis será obrigatória. A medida de autoria do vereador Cesar Faria (PSD) foi aprovada por unanimidade na sessão da última quarta-feira (07/12). Resgatar os costumes, valores e tradição do povo de Florianópolis são o mote do documento proposto pelo líder da bancada do PSD na Câmara Municipal de Vereadores.

A medida é semelhante às outras praças esportivas como os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. O hino é uma representação cultural de determinada época que vincula história e tradição. No caso específico de Florianópolis, o Rancho de Amor à Ilha é a música oficial da capital catarinense, sendo retratada nos trabalhados versos de Zininho, toda a exuberância e simpatia do povo florianopolitano e a figura do “ manezinho da ilha”.

Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, nasceu no dia 8 de maio de 1929 e faleceu em 5 de setembro de 1998. Nasceu em Biguaçu, precisamente na comunidade conhecida como Três Riachos. Viveu sua adolescência na parte continental de Florianópolis e nutria uma paixão pelo rádio, tanto que trabalhou nas rádios Guarujá e Diário da Manhã. Fazia de tudo um pouco: cantor, rádio-ator, sonoplasta.

Nas décadas de 40 e 60, época de ouro do rádio compôs inúmeras canções. Destaque para “A Rosa e o Jasmim”, “Quem é que não chora”, “Princesinha da Ilha” e o “Rancho de Amor à Ilha”. Este último, em acirrado concurso, foi escolhido em 1965 como o hino oficial de Florianópolis.

Um pedacinho de terra,
perdido no mar!…
Num pedacinho de terra,
beleza sem par…

Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar

Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.

Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar…

(Câmara Municipal de Florianópolis, 09/12/2011)