18 nov Começa distribuição gratuita de ingressos para 4ª Semana Ousada de Artes
A Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte) faz hoje, até as 13h, a distribuição antecipada dos ingressos para os principais espetáculos da IV Semana Ousada de Artes UFSC/Udesc. O evento vai promover, de 21 a 25 de novembro, um supercircuito de arte e cultura em Florianópolis e em mais 17 cidades de Santa Catarina, com mais de cem espetáculos gratuitos e abertos ao público de dança, música, teatro, cinema, moda, além de oficinas e exposições.
Os bilhetes são gratuitos e poderão ser retirados no hall do Centro de Cultura e Eventos, na UFSC. Todas as apresentações com distribuição antecipada de ingressos ocorrerão no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Para os demais eventos não será necessário retirar bilhetes de entrada.
Confira a lista de espetáculos com distribuição antecipada de ingressos:
Sinfonia Terra – Abertura – 21 de novembro, 20h
Sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e do compositor/pianista/maestro Alberto Andrés Heller, a Camerata Florianópolis estreia pela segunda vez o espetáculo Sinfonia Terra.
O título “Terra” faz referência à questão ambiental, presente nos textos e poemas que integram a obra, que reverencia Goethe, William Blake, Alphonse de Lamartine, Dante, Issa, Basho, Shiki e Buson, cantados em seus idiomas originais (alemão, inglês, francês, italiano e japonês). Heller procura traduzir em sons as dualidades humano e não-humano, matéria e espírito, natureza e cultura, que se mesclam quase indistintamente, de forma que a sustentabilidade do planeta aparece ligada à nossa capacidade de entrar em equilíbrio com os sistemas que compõem o complexo vida. Segundo o compositor, a obra é resultado de uma grande procura literária e musical de textos que levam ao cerne dessas questões da vida em torno das quais a contemporaneidade se debruça.
Oxigênio – 24 e 25 de novembro, 19h
Com a encenação de “Oxigênio”, a Companhia Brasileira de Teatro lança no Brasil a obra de Ivan Viripaev, inédita no país. O trabalho do dramaturgo russo tem identificação com o trabalho da companhia. “A musicalidade da palavra expressa no texto, a forma de se colocar diante do público e a revisão do teatro como forma de contato com a plateia são apenas alguns dos elementos que nos conquistaram”, conta o diretor Márcio Abreu. O texto trata de assuntos contemporâneos como violência, terrorismo, racionalidade, consumismo. “Discute tudo isso investigando sobre o que é essencial na existência”, completa.
Um homem, acusado pelo assassinato da própria mulher, é condenado com sua amante. Começa uma discussão, polêmica e poética, sobre dramas de uma geração e o que é o “oxigênio” de cada um. A peça estreou em dezembro de 2010 na sede da Cia. Brasileira de Teatro em Curitiba.
Recital André Pires – 22 de novembro, às 21 horas
O pianista, maestro, professor e pesquisador (arconte) André Pires apresenta o musical Presciliano Silva e Francisco Valle: ousando a tradição, no qual toca (ao piano) e comenta peças dos dois compositores mineiros do século XIX que resgatou em sua tese de doutorado. André Pires propõe associações entre as peculiaridades das duas obras e as diferentes tradições musicais em que ambos mergulharam. Ambos os compositores tiveram parte de sua formação no Rio de Janeiro, mas Silva estudou depois em Milão, e Valle em Paris.
Professor do Curso de Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, André Pires é premiado como pianista e como regente de coros – tendo conquistado o título de melhor regente no Concurso Sudamericano de Interpretación Coral, na Argentina, em 2004.
No mesmo dia – às 10h da manhã, no auditório Garapuvu, entrada franca – André oferece uma Oficina de Performance Musical a cantores e instrumentistas. Ao piano ele falará sobre a questão da exegese do texto musical, da relação partitura/performance e depois ouvirá e comentará interpretações de participantes, individuais ou em grupo, abordando questões técnico-instrumentais específicas com os pianistas.
Dentro Fora – 23 de novembro, às 21 horas.
A peça é uma homenagem a uma das mais famosas obras de Samuel Beckett, Dias Felizes. O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo e conta o momento de duas personagens chamadas apenas Homem e Mulher, que estão presas dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.
(Agecom, 17/11/2011)