11 out Metrô de superfície é inviável para Florianópolis
Secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais defende via rápida para ônibus
Enquanto o novo sistema de transporte coletivo não sai do papel, moradores de Florianópolis enfrentam trânsito parado, fluxo intenso de veículos e sistema de transporte coletivo deficiente.
Nas enquetes e murais de discussão propostos pelo diario.com.br, o trânsito foi apontado como o que há de pior na Capital. Para 32% dos internautas, o trânsito também foi lembrado como o problema que deve ser resolvido com mais urgência, ficando atrás apenas da segurança pública.
O vice-prefeito e secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais de Florianópolis, João Batista Nunes, participou de um bate-papo com os internautas nesta segunda-feira para discutir sobre a mobilidade urbana, um dos maiores gargalos da Capital.
:: Metrô de superfície
Realmente está na hora dos Governantes investirem maciçamente numa política de governo de Estado e não de um único governo, para melhorar as ações, projetos e obras relacionados ao Transporte Público. Para implantar o metrô de superfície é necessário uma população de 1 milhão de habitantes para que o projeto seja viável com o custo em média R$ 3,50.
Já o projeto que defendemos o BRT-Via Rápida temos que ter para cada eixo uma demanda de 100 mil usuários com um custo médio de R$ 0,80 ou seja um país que ainda tem sérios problemas na área da educação, saúde, infra-estrutura,saneamento não pode abrir mão de uma economia diária de R$ 200 mil. Só em São Paulo eles pagam para manter os metrôs e outros meios mais de um bilhão de subsídio/mês.
:: Gargalo no entorno da UFSC
A primeira etapa será a duplicação do Trevo da Dona Benta até a Eletrosul, com ciclo vias, calçadas padronizadas, com sinalização completa. Entretanto, falta por parte da Universidade a autorização da doação do terreno para a duplicação. É fundamental esta obra para a mobilidade urbana de Florianópolis, criando o binário entre o Armazém Vieira e a Eletrosul.
:: Elevado na avenida Beira-Mar Norte
Nós precisamos entender e respeitar a geografia da Ilha, que é um dos maiores obstáculos para a mobilidade. Por isso não teria espaço físico para alargar a Avenida Beira-Mar Norte bem como o elevado. E todos sabemos das dificuldades que foram apresentadas para a viabilidade deste elevado. Foram mais de dois anos aguardando a liberação das licenças.
:: Rodízio?
Sou totalmente contrário. Precisamos ter uma política pública integrada com o governo do Estado e Federal para acabar com o excesso de espaços públicos que servem de estacionamentos gratuitos, causando uma onda de congestionamentos principalmente nos horários de picos.
Por isso que é importante reafirmar que precisamos ter um transporte público integrado aos outros municípios da região metropolitana com uma tarifa única, justa e social. É um absurdo o movimento das nossas pontes ser superior ao movimento da ponte Rio Niterói, que é hoje de 170 mil veículos diários em Florianópolis. Está na hora do Governo Federal desonerar o transporte público e dificultar a compra de automóveis particulares.
:: Melhoras no transporte coletivo
É fundamental a participação dos técnicos na elaboração de uma política voltada ao transporte público. As decisões também precisam ser compartilhadas com a participação popular bem como os demais seguimentos da sociedade (OAB, Mistério Público, AEMFLO, CDL e demais entidades).
:: Ticen
O TICEN foi mais um terminal construído em lugar errado, pois diariamente passam 250 mil pessoas pela Avenida Paulo Fontes para acessar o Ticen. Por isso que continuo defendendo o fechamento total daquela via para carros e transformá-la em um grande espaço público humanizado com a revitalização do Centro Histórico. Um exemplo foi o evento realizado neste final de semana denominado Prefeitura Cidadã, onde todas as ruas do Centro Histórico foram fechadas para uso exclusivo das pessoas.
(DC, 11/10/2011)