28 out Comércio de ambulantes continua ocorrendo no Centro de Florianópolis
A partir de novembro a Prefeitura vai definir quais atividades que poderão permanecer nas ruas
Os ambulantes continuam atuando no Centro da Capital mesmo com a iniciativa da Prefeitura de Florianópolis de acabar com a comercialização ilegal na região. No dia 6 de agosto a SESP (Secretaria Executiva de Serviços Públicos) prorrogou o prazo das autorizações até 6 de novembro com algumas regras estabelecidas para o trabalho dos ambulantes. Para alguns foi definido um local específico e as únicas atividades que podem funcionar no vão entre o Ticen e o Camelódromo são a venda de jornais e a venda de passe.
As exigências não têm sido cumpridas a rigor. Nas imediações do TICEN (Terminal Integrado do Centro) na manhã de quarta (26), havia ambulantes vendendo comida, panos de louça e outros objetos. Segundo o Secretário da SESP, Salomão Mattos Sobrinho, fiscais da SESP circulam pelos principais pontos todos os dias com auxílio da Guarda Municipal. “É difícil controlar, pois todos os dias surgem pessoas novas em lugares diferentes, mas estamos atuando”, afirma o secretário.
Prefeitura quer organizar grupos por atividade
Na semana que vem, o secretário da SESP, Salomão Mattos Sobrinho, irá se reunir com os ambulantes por grupos para definir a situação. Já houve uma conversa com os vendedores de meia e ficou decidido que eles terão que sair das ruas. A partir de novembro devem ser autorizados apenas os carrinhos de comida, como o de milho cozido, pipoca e cachorro quente. Os outros poderão trabalhar em um lugar onde concentre comerciantes do mesmo ramo, como em uma feira de hortifrutigranjeiros, por exemplo.
Os regularizados deverão ter uniformes e crachá. “Hoje alguns concorrem com o comércio estabelecido, o que não está certo. Vamos exigir capacitação e organização de todos. Queremos que as ruas estejam livres para as pessoas circularem”, aponta Salomão.
Comércio de passes
Os vendedores de passe continuam trabalhando durante todo o dia, agora identificados por um colete azul com o nome de cada trabalhador. O ambulante John Lennon vende passe há dez anos e acredita a identificação por meio do colete melhorou o trabalho dele. “As pessoas agora sabem com quem podem comprar porque estamos aqui identificados, autorizados”, diz.
A vendedora Fátima Silva que também participa da associação dos trabalhadores autônomos, entidade que organizou a confecção dos coletes, diz que não foi estabelecido um prazo para eles acabarem com as vendas. “Podemos trabalhar até quando as linhas que ainda usam o passe de papel passarem a usar o cartão eletrônico”, explica Fátima.
(Por Letícia Mathias, ND, 28/10/2011)