06 out A importância dos manguezais
Conhecido também como mangue e mangal, manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre o ambiente terrestre e marinho, que desenvolve-se em solos pantanosos em regiões tropicais e subtropicais.
Além do clima quente e úmido, é necessário topografia favorável para receber a matéria orgânica trazida pelos rios de água calma e com grau de salinidade, propiciando assim as baías, terras inundadas pelas marés pouco agitadas. Os rios transportam partículas ao manguezal, levando a matéria orgânica para o mar, fertilizando as águas costeiras.
É constituído por espécies vegetais lenhosas, micro e macro algas, adaptadas à flutuação e salinidade que colonizam sedimentos predominantemente lodosos com baixo teor de oxigênio. Apresentam rica fauna, inclusive a avifauna, onde em determinada época, peixes, moluscos e crustáceos habitam o ecossistema alimentando-se do substrato produzido pelo mangue.
A função do mangal baseia-se em fixar solos instáveis, combater erosão e assoreamento do estuário, baías e portos, e também filtro biológico, diminuindo a velocidade das águas com o seu sistema de raízes. Tem sua importância econômica, com a possibilidade retirar óleo, madeira, tanino e mel. Pela variedade de espécies marinhas do local, o ecossistema é relevante para a indústria pesqueira. Além destes pontos, há também fins recreacionais e científicos.
O município é propício para estes ecossistemas, com cinco manguezais definidos por lei. São eles: Manguezal do Itacorubi (Decreto Municipal 1529/2002), Manguezal do Saco Grande e Manguezal de Ratones (Decreto Federal 94656/87), Maguezal da Tapera (Lei 2193/85) e Manguezal do Rio Tavares (Decreto Federal 533/92).
Poluição doméstica e química das águas, derramamento de petróleo e aterros mal planejados são um dos inimigos dos manguezais. A destruição deles gera prejuízos ecológicos e econômicos. Fonte de alimento para a fauna, e abrigo de águas de marés altas, são alguns motivos para a preservação deste ecossistema.
(PMF, 06/10/2011)