Recuperação da praia da Armação depende de sinal verde do Ministério da Integração Nacional

Recuperação da praia da Armação depende de sinal verde do Ministério da Integração Nacional

Praia de Florianópolis foi atingida por fortes ressacas em 2010. União precisa liberar R$ 13 milhões garantidos por emenda de Ideli Salvatti

A comunidade da Armação do Pântano do Sul, na Capital, terá de esperar pelo menos até primeiro semestre de 2013 para ver a praia recuperada. Fortes ressacas atingiram o local ano passado e a Prefeitura de Florianópolis aguarda autorização de convênio do Ministério da Integração Nacional para contratar o projeto executivo da obra. A expectativa da Secretaria de Obras é que o ministro Fernando Bezerra de Souza Coelho assine ainda em setembro a liberação dos R$ 13 milhões, garantidos por emenda da então senadora Ideli Salvatti.

De acordo com o secretário de Obras, engenheiro Luiz Américo Medeiros, a prefeitura está preparando o edital de licitação para contratar a empresa que fará os estudos ambientais necessários e o projeto executivo. Assim que o ministério liberar a verba, cerca de R$ 3 milhões serão destinados à etapa inicial. A elaboração dos estudos e projetos, segundo Medeiros, deve levar cerca de seis meses. “Entre março e abril de 2012 deveremos licitar a obra. Ela vai durar aproximadamente dez meses”, afirma.

A obra terá investimento do restante dos R$ 10 milhões da emenda e cerca de R$ 3 milhões de contrapartida da prefeitura. O projeto não inclui apenas a recuperação da praia, mas também urbanização com traços da cultura local. “Se tudo ficar como estamos imaginando, será a praia exemplo para a cidade de Florianópolis”, diz o secretário.

A faixa de areia será engordada em 50 metros com aterro. Para quebrar a energia das ondas que chegam à beira-mar, o projeto prevê a colocação de um geotubo em toda a extensão da Armação, cerca de 1.600 metros. Está previsto também um molhe na Ilha das Campanhas, entra a Armação e o Matadeiro; o desassoreamento do rio Quinca para permitir a entrada de pequenas embarcações; e urbanização de um calçadão com passeio público, ciclovia e decks.

O problema

Em maio de 2010, ressacas constantes na praia da Armação do Pântano do Sul diminuiram bruscamente a faixa de areia e destruiram casas construídas à beira-mar, causando prejuízos à comunidade

O projeto

Engordamento da faixa de areia em 50 metros

Colocação de uma rede de geotubos, células feitas a partir de um tipo de fibra resistente e “recheadas” com areia da praia

Os geotubos têm 20 metros de comprimento, seis de largura e 2,5 de altura.

A função deles é diminuir a energia da onda que avança em direção à praia e, assim, diminuir os estragos provocados por ressacas e fortes correntes marítimas.

(Por Maiara Gonçalves, ND, 05/09/2011)