27 set Prefeitura da Capital lança edital para o Via Rápida
Empresas poderão entregar propostas no dia 13 de outubro e a vencedora terá seis meses para fazer um estudo conceitual
Quanto vai custar o projeto Via Rápida, sistema de corredores exclusivos de ônibus, em Florianópolis? Onde será implantado? Que obras serão realizadas na Avenida Beira-Mar Norte, via que receberá o primeiro trecho? Perguntas como estas devem ser respondidas dentro de seis meses, se os prazos do edital do projeto básico, lançado pela prefeitura na semana passada, forem cumpridos.
As empresas interessadas poderão entregar suas propostas, no valor máximo de R$ 1,2 milhão, no dia 13 de outubro.
A vencedora terá seis meses para realizar um estudo conceitual da implementação de um sistema BRT (Trânsito Rápido de Ônibus), que pode ser definido como corredores exclusivos de ônibus, com veículos grandes (de até 200 passageiros) e estações de pré-embarque (veja ilustração ao lado).
Além do estudo conceitual, a empresa fará o projeto executivo, um passo anterior à obra, do trecho entre o Centro e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passando pela Avenida Beira-Mar Norte.
– Com o estudo do sistema e o projeto do trecho Centro-UFSC teremos uma noção exata dos aspectos técnicos e financeiros da implementação do Via Rápida. Assim, poderemos buscar os recursos necessários para a obra – explicou o vice-prefeito e secretário de Transportes, João Batista Nunes, idealizador da ideia.
Segundo o secretário, o recurso pode vir de fontes como Ministério das Cidades, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e até do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).
Estado vê projetos desconectados
O lançamento do edital foi criticado pelo secretário da Secretaria do Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR), Renato Hinnig. Isso porque a secretaria contratou, junto à Prosul, um estudo para a implementação de um metrô de superfície na região.
Até maio do ano que vem, a empresa vencedora especificará como serão as obras e qual será o sistema que poderá ser usado: o VLT (Veículo Leves sobre Trilhos) ou o próprio BRT.
– Não posso avaliar este projeto porque não conheço. Mas é uma pena que as duas propostas sejam tratadas de forma desconectada, separada. Foi tomada uma decisão sem consultar o governo do Estado, que já faz um estudo na mesma área – afirmou.
(Por Mauricio Frighetto, DC, 27/09/2011)