Pela mobilidade da Ilha

Pela mobilidade da Ilha

A duplicação da SC-401, a rodovia que liga o Centro de Florianópolis às praias do Norte da Ilha de Santa Catarina, e a terceira pista da SC-405, no Sul, serão inauguradas até dia 15 de dezembro próximo, antes do início da temporada de verão. Promessa do governador Raimundo Colombo, que na quarta-feira inspecionou o andamento dos trabalhos. Eis duas obras que são de crucial importância para amenizar o problema da crescente falta de mobilidade na Capital e seu entorno.

De fato, com suas capacidades há muito esgotadas pela demanda em disparada, essas duas rodovias hoje funcionam como dois dos principais “gargalos” que provocam congestionamento em cadeia no trânsito local, paralisando não só a área insular de Florianópolis, mas, numa reação em cadeia, estendendo-se ao Continente e aos municípios vizinhos nas horas do pico.

Os números do trânsito atestam com eloquência a necessidade e urgência da conclusão das obras em andamento nessas duas rodovias estaduais que, juntas, formam uma espécie de “espinha dorsal” da Ilha. A média diária de tráfego na SC-401 é de 42 mil veículos; no verão, salta para 60 mil. Pela SC-405 trafegam, em média, 35 mil veículos por dia; no verão, 40 mil. Planejadas quando outras eram as necessidades e outros eram os tempos, ambas foram esquecidas por sucessivas administrações.

Importante lembrar que, atualmente, os balneários do Norte e do Sul da Ilha se tornaram bairros residenciais e comerciais densamente povoados, o que multiplica os problemas e carências. Trata-se, nesta etapa, de recuperar o tempo perdido e dar resposta efetiva a promessas feitas e jamais honradas para desatar o nó que estrangula o trânsito na região, e que, durante a temporada de verão, ultrapassa muito o limite do que se acredita suportável.

A promessa de inaugurar a obra por inteiro em meados de dezembro, embora ousada, é factível. Os recursos existem e, agora, parece que a vontade política existe também. Se cumprir o prometido, o governo estadual marcará um tento. Como está não dá para ficar. Uma promessa cuja execução será acompanhada e cobrada.

(Editorial, DC, 23/09/2011)