01 ago Novo paradigma de desenvolvimento
Da coluna de Carlos Damião (ND, 01/08/2011)
FloripAmanhã, técnicos, empresários indicam soluções para a região metropolitana. Mas o poder público tem que participar
A falta de cultura de planejamento a longo prazo, com visão regional, foi apontada como uma das causas para a indefinição de um projeto urbano para Florianópolis, durante a Oficina de Planejamento Urbano,.realizada na semana passada, numa promoção do Fórum de Revitalização, Criatividade e Imagem da Cidade, coordenada pela ONG FloripAmanhã. Os participantes discutiram também a falta de compromissos do gestor público com o planejamento de longo prazo, a ausência de diálogo, de integração e de fortalecimento das entidades sociais e privadas na busca do planejamento da cidade. E indicaram a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento para a Ilha de Santa Catarina. Criticaram ainda a falta de vontade política, a gestão pública voltada a interesses privados, a dificuldade de participação da comunidade e as soluções imediatistas (pontuais) e fragmentadas. Representantes da prefeitura estiveram no encontro, mas não se envolveram por muito tempo nas discussões.
Regionalização
Algumas conclusões da Oficina nos fazem acreditar que a reativação da Região Metropolitana de Florianópolis é um dos caminhos mais importantes para reorganizar os espaços urbanos, com a criação de um órgão de planejamento regional, nos moldes do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), voltado para o conceito de desenvolvimento articulado e sustentável.
Moratória
Entre as prioridades apontadas para mudança no projeto urbano de está também a decretação da moratória total na Ilha de Santa Catarina até a conclusão do Plano Diretor Participativo e definição de um Plano de Desenvolvimento Urbano, além da aprovação seletiva de novas construções.