15 dias para acabar o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto

15 dias para acabar o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto

Prazo inicial terminou ontem e não foi cumprido porque peça não chegou a tempo. Odor na estação é problema há 15 anos

Terminou ontem e não foi cumprido o prazo prometido pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) para eliminar com o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Insular, na entrada de Florianópolis. A nova previsão é resolver a questão em 15 dias.

O odor – que existe desde a inauguração da ETE, há 15 anos – pode ser sentido por quem chega à Ilha pela Ponte Pedro Ivo Campos, principalmente nos dias de calor. Também infesta os arredores do CentroSul, centro de convenções que recebe cerca de 170 eventos e 800 mil pessoas do mundo todo por ano.

De acordo com o engenheiro químico da Casan Luciano Soares, o atraso para solucionar o problema ocorreu porque um fornecedor não entregou um compressor na data determinada. O equipamento, que integra a etapa de pré-tratamento, limpa a areia que fica misturada ao esgoto. A ideia é que o material esteja praticamente sem cheiro quando chegar para o tratamento.

A areia, no entanto, não é o principal causador do odor, mas os gases metano e sulfídrico produzidos pelo esgoto puro que chega à ETE. O que vai eliminar o cheiro é um biofiltro. A estrutura, em formato cilíndrico, é cheia de turfa, uma espécie de solo rico em matéria orgânica onde vivem bactérias que se alimentam desses efluentes gasosos, transformando-os em gás carbônico. O custo do biofiltro, cujo projeto estava engavetado há três anos, é de R$ 400 mil.

(Por Anita Martins, DC, 02/08/2011)