06 jun Jardim botânico
Data de 1988 a primeira proposta para a criação de um jardim botânico em Florianópolis. Lá se foram 23 anos, e a implantação deste importante equipamento para a preservação de parte do frágil ecossistema da Ilha de Santa Catarina e para o lazer e a conscientização ecológica de sua população continua apenas na intenção. Recentemente, a ideia voltou ao foco, quando a empresa OSX, que planejava instalar um grande estaleiro na região, prometeu investir R$ 20 milhões no empreendimento, plano que também não foi adiante.
Em boa hora, chega a notícia de que o governo estadual, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, busca alternativas para viabilizar o projeto, de início em uma área de 25 hectares no Itacorubi, cujo mangue está sob ameaça permanente da especulação imobiliária e das ocupações predatórias. O titular da secretaria, Cesar Souza Junior, espera que este espaço possa ser aberto ao público até o final do ano.
Amanhã, dia 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, que, por indicação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), este ano é dedicado à preservação das florestas e áreas verdes, ecossistemas considerados essenciais à qualidade de vida e mesmo à sobrevivência do homem no planeta. Neste contexto, jardins botânicos avultam como equipamentos urbanos de rara importância, principalmente em uma cidade como a Capital, onde são escassos os parques, praças e outras áreas dedicadas ao verde e à convivência.
Que, desta vez, o tão desejado e sonhado jardim botânico saia, enfim, do pântano das intenções e chegue, em sua primeira etapa, ao Itacorubi e ao seu mangue, que está em risco.
(Editorial, DC, 04/06/2011)