21 jun Área nobre continua servindo como depósito de carros apreendidos
Veículos oficiais também passam a ocupar o local, ao lado do Camelódromo da Baía Sul e que pertence à União
Carros novos resultantes de apreensões da Polícia Federal ainda aprodecem em área nobre da cidade e incomodam quem circula nas proximidades do estacionamento da Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital) e camelódromo da Baía Sul. Agora, um fato novo, chama atenção, diariamente veículos oficiais, que pertecem ao Ministério Público, também estão sendo levados ao local. O terreno, que pertence a União e foi cedido à Prefeitura de Florianópolis está entre uma batalha judicial, onde comerciantes podem ter que desocupar a área, que está destinada para a construção da sede do Ministério Público.
Carros novos , como um Audi e outros importados, entre outros já não tão novos, estão se deteriorando pela ação do tempo. Os veículos, apreendidos pela Polícia Federal, foram depositados na área, com o consentimento do Ministério Público. A situação, já foi denunciada por matérias divulgadas no Notícias do Dia, desde fevereiro de 2011. A promessa de que seriam realiazados leilões antecipados, conforme recomendação do CNJ ( Conselho Nacional de Justiça), ainda não foram cumpridas.
“Toda semana, principalmente na parte da manhã, chegam novos carros de placa branca. Pessoas bem trajadas trazem os carros e circulam pelo local”, observa um funcionário do entorno, que prefere não se identificar. “Tem blazer e outros carros, que ficam por uns dias, depois desaparecem. A impressão que dá, é que o local está servindo de estacionamento para estes carros”, completa.
O advogado da Comcap, Paulo Prego, lembra que na última audiência realizada em janeiro deste ano, sobre a concessão do terreno da União, foi negado que a Companhia ampliasse o seu estacionamento. “Agora os carros ficam ali parados, é um absurdo, parece provocação”, disse.
Carros aguardam leilão
A Polícia Federal afirma que os carros apreendidos foram transferidos para o local, por uma questão de falta de espaço no pátio. A situação deveria ser passageira, já que os veículos devem ser leiloados. “Apreendemos e comunicamos o juiz, que fica na responsabilidade da justiça”, ressalta o delegado da PF, Ildo Rosa. Ele explica que depois da resolução do CNJ, que foi regulamentada, não é mais necessário aguardar o fim do processo, para dar um destino ao bem. “Então agora, qual a justificativa”, questiona Rosa.
A assessoria do MPF (Ministério Público Federal ) informa que alguns dos carros com placa branca ali estacionados foram adquiridos na Capital e devem ser transferidos para uma das 14 procuradorias dispostas no interior. Outros vieram de outras regiões e estão sendo remanejados. A transição não tem um prazo para conclusão.
A Justiça Federal de Santa Catarina não se manifestou sobre o assunto, até o fechamento desta edição.
(Por Mônica Amanda Foltran, ND, 21/06/2011)