União pela mobilidade

União pela mobilidade

Da coluna de Carlos Damião (ND, 17/05/2011)
Políticos e empresários intensificam luta por soluções, que não devem ser voltadas apenas à cultura do automóvel
Projetos para melhorar a mobilidade urbana continuam sendo amplamente discutidos, a exemplo do encontro realizado nesta segunda-feira (16), no qual prefeitos da região metropolitana, técnicos e representantes de entidades empresariais voltaram a cobrar providências para implantação do anel viário da BR-101, ligando Biguaçu a Palhoça, entre outras medidas. Parece mais do que evidente que a pressão política é a única forma de garantir as alternativas indispensáveis para evitar a completa paralisia da Grande Florianópolis, num prazo de cinco anos (há quem diga que pode ser muito menos). Mas, como disse o presidente da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), Alaor Tissot, as soluções devem ser projetadas para resolver nossos problemas até o ano 2050. Ele tem razão: o que for feito agora e nos próximos anos tem que garantir condições para o futuro. E não apenas com o pensamento voltado ao automóvel, mas a tudo aquilo que parece consenso internacional: bicicletas, ônibus de qualidade, trens e transporte marítimo. Em outras palavras, o discurso sobre mobilidade tem que se distanciar da cultura do automóvel utilizado para o transporte individual.
Lerdeza
Quando se fala tanto em mobilidade, pessoas sensatas sempre se perguntam: por que o departamento de trânsito de Florianópolis, se é que existe, não adota soluções rápidas para resolver certos problemas? Sinaleiras pifadas costumam ficar horas e horas, às vezes até dias, sem conserto ou sem guardas para orientar e auxiliar os motoristas.
Menos pior
Uma boa mobilidade urbana começa pela intervenção efetiva de engenheiros de tráfego e guardas de trânsito nos chamados pontos críticos. Se houvesse agilidade do poder público quanto aos problemas do cotidiano, certamente tudo seria melhor. Ou menos pior.
Mudanças
“Concordo que devemos parar de consumir muita gasolina. Devemos encontrar outras opções para nos movimentar. Bicicleta, transporte público ou, em todo caso, compartilhar nosso carro com outras pessoas”. Victor Alberto Danich, em seu Facebook, apoiando um novo protesto contra o preço dos combustíveis, marcado para 1º de junho.