24 maio Parceria para implantar a indústria limpa em SC
Universidade, iniciativa privada e governo são a base para construir um novo conceito de empresa
Reunir em um mesmo espaço o empreendedorismo da iniciativa privada e a pesquisa das universidades com o apoio integral do Estado é o que pode promover uma radical mudança no conceito dos novos parques tecnológicos catarinenses.
O formato que servirá de referência foi visitado pela comitiva catarinense, liderada pelo governador Raimundo Colombo, ontem, em Barcelona e Sant Cugat.
Reforçada por um grupo de empresários, dirigentes de organismos de orientação ao empreendedor, como Sebrae, e por representantes das principais instituições de ensino superior de Santa Catarina, a delegação catarinense foi ao 22@Barcelona, um superparque de desenvolvimento tecnológico, erguido em uma área recuperada para as Olimpíadas de 1992. A experiência catalã, bem-sucedida, começou há uma década. A proposta foi agregar três segmentos e, além do desenvolvimento tecnológico, propiciar a inclusão social. Afinal, o parque esta inserido dentro de uma área residencial, tendo lhe conferido um cenário futurista com altas torres de arquitetura arrojada.
Na conversa com operadores do parque, a comitiva ouviu conselhos a partir dos resultados: o diálogo entre os três pontos de sustentação da estrutura sugere que a universidade, pensadora a longo prazo, pode definir as estratégias no dia a dia; a empresa é a grande operadora; e o governo pavimenta o caminho para estruturar a operação.
Catarinenses podem usar estrutura das universidades
Para o secretário Paulo Bornhausen (Desenvolvimento Econômico Sustentável), o que se vislumbra é a garantia de que pode se pensar em parques catarinenses com o aproveitamento físico das universidades, que trarão a mudança social nos polos de Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Joinville e Chapecó, mapeadas para receber os novos empreendimentos. A partir de agora, pretende reunir os parceiros e estabelecer prazos para criar modelos de parque.
Mas não pode ser uma decisão vagarosa, garante Carlos Olsen, da Global Business Consulting, um joinvilense que trocou a vida acadêmica junto à Universidade de Chicago, em Londres, para se dedicar aos negócios da tecnologia.
Ele não tem dúvida que Santa Catarina tem condições de implementar seus parques em prazo curto.
A comitiva depois seguiu para Sant Cugat, cidade próxima a Barcelona. Foi durante uma longa exposição de empresas que operam na Esad Creopolis, que lhes foi apresentado o aperfeiçoamento de algo comum na Europa, o aluguel de bicicletas para locomoção nas grandes e médias cidades. Joan Maria Cassany concorda que a empresa da qual é diretor-geral, a Icnita, não inventou a atividade, mas mudou o enfoque. Cassany confirma que está em negociações com as prefeituras de Joinville e Florianópolis para implantar o serviço.
(Por Roberto Azevedo, DC, 24/05/2011)
Aposta no descarte ecológico
Criciúma realiza coleta itinerante de equipamentos de informática e eletrodomésticos velhos para proteger o meio ambiente
Implantada em Criciúma em outubro de 2010, a coleta de lixo tecnológico, agora, está sendo feita de maneira itinerante em um caminhão que percorre os principais bairros da cidade. Até o final de junho, a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) espera dar destino correto a pelo menos 20 toneladas de computadores, monitores, teclados e outros produtos eletroeletrônicos sem utilidade para a população.
Na semana passada, a ação itinerante recolheu cerca de 10 toneladas de equipamentos na área central de Criciúma. Todo o material foi levado ao depósito, batizado de Ecoponto, e, dali, encaminhado a uma empresa especializada em reciclagem tecnológica em Porto Alegre.
Segundo o presidente da Famcri, Volnei da Luz Júnior, a iniciativa é novidade para a comunidade e os resultados virão em alguns anos.
– É uma “sementinha” que plantamos hoje para colher os frutos no futuro. Muita gente tem em casa computadores e eletrônicos estragados e não sabe o que fazer – explica.
Ontem, o recolhimento foi feito em frente à Avenida Centenário, no Bairro Próspera, e, durante a manhã, vários equipamentos haviam sido levados para um descarte correto.
– Teve uma senhora que trouxe um videocassete velho. Não é só equipamentos de informática que podem ser recolhidos – conta a estagiária Camila Vieira.
Agenda
– Hoje – Na Praça do Trabalhador, no Bairro Próspera
– Amanhã e quinta-feira – No Bairro da Juventude, no Bairro Pinheirinho
– Sexta-feira – Na Praça da Matriz, no Bairro Rio Maina
– Segunda-feira (30 de maio) – Na Praça da Matriz, no Bairro Rio Maina
– Terça-feira (31 de maio) – Na Praça Central, no Bairro Santa Luzia
– Quarta-feira (1º de junho) – Na Praça da Igreja Matriz, no Bairro Quarta Linha
– Quinta-feira (2 de junho) – Na Praça Maria Rodrigues, no Centro
– Sexta-feira (3 de junho) – Praça Maria Rodrigues, no Centro
OS PROBLEMAS DO LIXO TECNOLÓGICO
– É composto por materiais não biodegradáveis e altamente tóxicos
– Tem elevado grau de toxicidade dos metais pesados e pode gerar problemas ambientais e de saúde pública
– Um monitor pode conter até 25% do seu peso em chumbo, que é altamente tóxico ao ambiente
(DC, 24/05/2011)