10 maio Metrô de superfície volta a ser discutido na Capital
Governo assina contrato com a empresa Prosul para iniciar estudo sobre o transporte de massa
Uma ideia badalada quando Florianópolis era candidata a ser cidade-sede da Copa do Mundo de 2014 voltou à tona: o metrô de superfície. Ontem, o governo do Estado assinou um contrato com a Prosul, empresa que por R$ 6,44 milhões fará o estudo de viabilidade do projeto. Quanto vai custar a obra? Quais serão as linhas? Qual a capacidade de passageiros por dia? Tudo isso será respondido na análise, cujo prazo de conclusão é de um ano.
A ideia inicial é ligar as quatro principais cidades da Grande Florianópolis com um transporte de massa: Palhoça, São José, Biguaçu e Capital. A tecnologia a ser usada, assim como a travessia pelo mar estão entre os pontos mais importantes a serem analisados. São três as alternativas viáveis para o tipo de transporte: Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), o Veículo Leve Sobre Pneus (VLP) e o Bus Rapid Transit (BST).
Sem a quarta ligação entre Ilha e Continente definida, ainda é uma incógnita se o metrô passará por cima da Ponte Hercílio Luz, por um túnel submerso, por uma quarta ponte que ligaria Beira-Mar Norte e Continental ou por outra ponte que seria construída entre as duas já existentes: Colombo Salles e Pedro Ivo Campos. Ou seja, há ainda muito a ser estudado além, é claro, da eficiência, demanda e preço.
Rodrigo Brillinger, da Prosul, mostrou exemplos de Bilbao e Barcelona, na Espanha, além de outros países da Europa. Lá, os motoristas podem dirigir até os terminais, onde há bolsões de estacionamento, antes de pegar o metrô. Se preferir a bicicleta, há ciclovias. O pedestre também tem boas calçadas para andar.
– O sistema é inteligente. Se vai chegar em um minuto, chega em um minuto. E quem pagar uma passagem pode passar o dia no sistema – explicou Brillinger.
O projeto do metrô de superfície é de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR).
Marginais da BR-101 e contorno do anel viário
Enquanto a SDR debate metrô, o governo ainda não sabe como será a 4ª ligação Ilha-Continente. Ontem, o governador Raimundo Colombo recebeu Cassio Taniguchi, secretário do Planejamento do Paraná e especialista em urbanismo. Ele participa de um grupo que está estudando a 4ª ligação. O secretário Renato Hinnig disse que a SDR está envolvida em outros dois projetos para melhorar a mobilidade na região. Um é o contorno do anel viário da BR-101, que desafogaria o trânsito na Grande Florianópolis. O outro também tem relação com a mesma rodovia.
– Em 30 dias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) vai apresentar o projeto de ampliação das marginais da BR-101, entre Palhoça e Biguaçu. Assim, vai ficar mais fácil trafegar para quem mora na região – diz.
(Mauricio Frighetto, DC, 10/05/2011)