24 maio Falta de área de lazer em morro de Florianópolis põe crianças em risco
Lombadas ajudariam a reduzir a velocidade dos carros e o consequente perigo
O antigo hábito de brincar na rua parece não combinar com a nova estrada asfaltada do Alto da Caieira, no Maciço do Morro da Cruz. Mas, como não existe uma área de lazer estruturada no local, crianças e adolescentes continuam andando de bicicleta, skate e carrinho de rolimã na via, onde são expostos a riscos. “Meus netos e vários amiguinhos deles já escaparam por um fiozinho de linha de serem mortos por carros que passam voando aqui”, conta o aposentado Dorival Lopes, 66.
O estudante Alexandre Lopes, 11, foi atingido pela calota de um veículo quando estava sentado em seu skate ao lado do meio-fio. “Eu caí e machuquei o braço. Tive que ficar 15 dias com uma tala”, lembra. Mesmo assim, ainda brinca na rua. Não ficou com medo, mas admite que é perigoso. A opinião é compartilhada pela auxiliar administrativa Márcia Disner, 28, que está sempre de olho no filho Ian Guilherme, 5 anos. “Quando ele está na rua, fico aqui na varanda. Não dá para deixá-lo sozinho”, diz.
Márcia e Lopes concordam que falta uma área de lazer no morro. A única opção é um campo de futebol de areia, que fica no caminho para a Serrinha e não possui grades para evitar que os pequenos corram para a estrada. “Uma praça ou um lugar onde eles pudessem se divertir sem perigo seria o ideal”, sugere a auxiliar administrativa.
Lombadas já ajudariam
O mínimo que deveria ser feito, ressalta Lopes, seria a colocação de lombadas para reduzir a velocidade dos carros e dos ônibus da linha Monte Serrat que passam pelo morro. “Porque não botaram quando asfaltaram aqui? É sempre assim, eles esperam acontecer alguma coisa ruim para depois tomar uma atitude. Vamos fazer algo antes que uma tragédia ocorra”, pede.
Depois de dois anos em andamento, as obras de pavimentação e saneamento feitas na comunidade com verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal, foram inauguradas em março de 2010.
(Por Anita Martins, ND, 24/05/11)