06 maio A longa batalha pela Ponte Hercílio Luz
Da coluna de Carlos Damião (ND, 06/05/2011)
Seminário marcado para a próxima quinta-feira repete uma preocupação da sociedade: há 14 anos houve evento igual
Está marcado para a próxima quinta-feira (12), na Universidade Federal de Santa Catarina, o seminário A Verdade sobre a Ponte, com a participação de entidades governamentais, não-governamentais e especialistas no assunto. Trata-se de mais uma oportunidade histórica para indicar soluções para a finalização da reforma da Ponte Hercílio Luz, nosso maior monumento e cartão postal mais conhecido de Santa Catarina há pelo menos cinco décadas. Curiosamente, conversando nesta quinta-feira (5) com o diretor financeiro da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), engenheiro mecânico Carlos Bastos Abraham, descobri que há 14 anos foi realizado um seminário… exatamente igual. Tudo tão semelhante que chega a ser espantoso. Foi em agosto de 1996. Abraham à época era presidente interino da ACE (Associação Catarinense de Engenheiros), promotora do seminário, junto com a UFSC, DER (hoje Deinfra), CDL, Acif, Fiesc, Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina, entre outras entidades. A proposta do evento: buscar “soluções técnicas que possibilitem a recuperação estrutural da Ponte Hercílio Luz”.
Responsabilidade
O diretor da FNE ressalta a importância deste novo seminário, 14 anos depois do encontro realizado na mesma UFSC, “porque nós precisamos obter uma solução definitiva para o caso da ponte. Não há mais como adiar. A reforma tem que ser concluída, com responsabilidade técnica e oficial”.
O valor e…
A preocupação geral quanto ao destino da ponte se resume a uma cifra gigantesca: quase R$ 170 milhões em recursos para devolver a ponte ao uso, pelo menos leve, de passagem pioneira entre ilha e continente. Buscar o dinheiro, através da Lei Rouanet, parece um sonho distante.
… as soluções
Mas não é: pensando bem, ainda que o governo não consiga o montante, que sejam 30% ou 40%. Algo em torno de R$ 50 milhões já seria o suficiente para, pelo menos, realizar as operações físicas mais urgentes e necessárias.
Tempo
É impossível não se lembrar do que comentou um visitante, para um grupo de amigos, há poucas semanas: “Levaram quatro anos para construir a ponte. E 29 anos para reformá-la?”. É, tem alguma coisa errada.