Museu de Arte de SC esta saindo das sombras

Museu de Arte de SC esta saindo das sombras

Governo promete reabertura do Museu de Arte de SC, no CIC, na Capital, para o mês de maio

É em tom de promessa que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e a Secretaria de Turismo Cultura e Esporte anunciam para o mês de maio a reabertura do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). Não há uma data defininda, mas nesse mesmo dia será lançado o edital para a reforma do Cinema e do Teatro Ademir Rosa, etapa do projeto de reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC) que ainda não começou.

Uma grande mostra está sendo preparada para a reabertura do Masc, que ganhou cara nova e teve sua estrutura reforçada. Entre as melhorias, uma sala para um trabalho imprescindível: a conservação e restauração de suas obras. Foi criada dentro das especificações do Estatuto dos Museus, sancionado em janeiro de 2009 pelo ex-presidente Lula.

– A partir de agora, temos um espaço específico para realizar o trabalho – destaca um dos técnicos do núcleo de conservação e restauração, Ronaldo Linhares.

A nova fase do Masc também está focada no resgate da história da instituição. O diagnóstico do museu, que também segue o novo Estatuto, caminha para a segunda fase. Com ele, todo o acervo já foi catalogado dentro do novo parâmetro estabelecido. Ele conta hoje com 1775 obras.

– Há esse prumo técnico, mas o fim é trazer o público pra cá. É um museu que tem uma longa história, completou 62 anos. É incrível, mas muita gente conhece o CIC e não conhece o nosso acervo – lamenta a administradora do museu, Lygia Helena Roussenq Neves.

Embora tenha sido inaugurada em no dia 30 de março, ainda não há nenhuma atividade em andamento, o que só deve ocorrer quando todos os equipamentos usados em aulas de artes estiverem instalados e prontos para serem usados. Parte do material é novo: a oficina de cerâmica ganhou um novo forno, quatro vezes o tamanho do anterior.

Além do Masc e das oficinas, reformas dos camarins do teatro, bilheterias do teatro e do cinema, banheiros e jardins da parte externa estão perto da conclusão.

Teatro, cinema e ala norte estão atrasados

O total de recursos empregados na reforma do prédio está estimado em R$ 20 milhões. O maior problema para finalizá-la está nas outras das alas do centro cultural. Sem licitação ainda, o Teatro Ademir Rosa e o cinema, que abriga o Cineclube Nossa Senhora do Desterro, só devem ser concluídos no ano que vem. O edital para reforma do teatro e do sala terá custo de R$ 5,9 milhões.

A reforma da chamada ala Norte, que fica à direita da entrada principal, também está com o cronograma indefinido. Ela abriga administração do CIC, da FCC, o Espaço Lindolf Bell e o Museu da Imagem e do Som (MIS), entre outros espaços.

Apenas o Espaço Lindolf Bell e o MIS já estão em estágio adiantado de recuperação.

O atraso das reformas do CIC, que completam dois anos em maio, motivou duas auditorias. Uma é interna, da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL); a outra é do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O presidente da FCC, Joceli de Souza, explica que, apesar das auditorias não terem sido concluídas, o momento é positivo no esforço de entregar o prédio remodelado.

– O que eu posso dizer é que a lógica se inverteu. Antes, o valor cobrado era maior do que o volume de obras executadas. Agora não: o executado é maior do que o cobrado – observa.

(Por Rene Muller, DC, 28/04/2011)