18 mar Mobilidade urbana
Artigo escrito por Filipe Mello – Secretário do Planejamento do Estado de Santa Catarina (DC, 18/03/2011)
Um dos maiores problemas enfrentados pelos catarinenses, sobretudo em regiões metropolitanas como a de Florianópolis, é a mobilidade urbana. O caos no trânsito da Capital pode ser observado diariamente, não se restringindo apenas aos horários de pico ou à temporada.
A qualidade de vida vem sendo abalada pela impaciência que gera no cidadão qualquer deslocamento pela cidade, por mais curto e breve que o trecho pareça.
Este é um reflexo da falta de gestão em planejamento, que ocorre há décadas.
Organização que agora necessita ser providenciada com máxima urgência diante do colapso frente ao crescimento urbano.
Hoje, a proporção na Capital é de um automóvel para cada 2,34 habitantes. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran), a frota de veículos na Grande Florianópolis, em dezembro de 2010, era de 477.802 unidades. A projeção é que, em 2020, chegue a 800 mil.
Embora várias sugestões já tenham sido apontadas, a solução para este impasse só acontecerá com uma coordenação entre os órgãos da administração pública, diretos e indiretos. Uma organização eficaz, através de um trabalho que integre as atividades desenvolvidas em cada esfera governamental.
Apenas com o fortalecimento das ações, integradas por um órgão competente e norteador de planejamento, é que o problema será minimizado. Projetos que integrem setores como o turismo, infraestrutura, administração, segurança, e não se limitem apenas ao trânsito e à mobilidade emergencial.
Além de resolver o problema em curto prazo, é necessário fazê-lo de forma coerente, sistemática e preventiva.