31 mar Cultura é capital
Dois anos depois de ter sido iniciada a reforma do maltratado Centro Integrado de Cultura (CIC) de Florianópolis, ontem foram concluídos os trabalhos de recuperação das salas das oficinas de arte, um pequeno módulo do complexo cultural. Não é muito, diante do que ainda resta a ser feito para devolver à população da Capital e seu entorno este importante centro irradiador de cultura e arte. Outros módulos entre os quais o que é ocupado pelo Museu de Arte de Santa Catarina estarão concluídos ainda este ano, segundo o novo presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza, reconhecido como um competente técnico tocador de obras, que trabalha com planejamento e cronograma rigorosos. Os dois principais espaços do CIC, o teatro e o cineclube, só ficarão prontos no ano que vem. A reforma total, incluindo os equipamentos que precisam ser adquiridos, está orçada em R$ 20 milhões.
Outra medida há muito tempo desejada e esperada por quantos militam na seara da cultura regional será concretizada no início da noite desta quinta-feira, quando a prefeitura da Capital vai anunciar, enfim, a criação do Fundo Municipal de Cultura, cuja dotação inicial será de R$ 1,2 milhão (recursos do ISSQN), com previsão de ampliação com outras fontes de recursos no futuro imediato. O fundo destina-se a viabilizar projetos culturais selecionados por meio de editais, a ampliar o acesso do povo aos bens culturais e a preservar o patrimônio artístico, entre outros objetivos.
Vale o registro, cabe o aplauso. Aos poucos, os administradores públicos estão se conscientizando de que apostar em cultura é, também, investir na qualidade de vida da cidadania, na construção de uma sociedade de paz e na preservação dos valores da civilização.
(Editorial, DC, 31/03/2011)