17 fev Via Expressa
Da coluna de Cacau Menezes (DC, 17/02/2011)
Na edição de ontem, 16, deste DC, seção do leitor, o arquiteto João Edmundo Bohn Neto registra suas preocupações (leia abaixo), justifica suas posições e até considera irresponsável a ideia de ampliação da capacidade da Via Expressa, em Floripa.
Endosso suas colocações e questiono, igualmente, como já o fiz, em outras ocasiões, se a quadruplicação desse trecho de 5,6 quilômetros resolverá o trânsito atual, praticamente saturado. Fala-se que só o projeto dos novos acessos à Ilha está orçado, pelo Dnit, em R$ 6,5 milhões. Imaginem o custo das desapropriações e os transtornos das obras! No final, poderá significar apenas um grande estacionamento… E uma ponte “no estilo estaiado”, segundo o Deinfra, custará em torno de R$ 650 milhões.
A opção do floripatúnel é uma incógnita ainda maior. A topografia da cidade, a malha viária histórica, o número crescente de veículos e o transporte público deficiente são variáveis a serem consideradas. Parece, em resumo, que estamos num beco sem saída, onde as improvisações podem agravar ainda mais a mobilidade urbana.
Via Expressa
Carta do Leitor João Edmundo Bohn Neto, Arquiteto – Florianópolis (DC, 16/02/2011)
Recentemente, foi informado que as autoridades responsáveis pelo desenvolvimento urbano e de transporte da Capital pensavam ampliar a capacidade da Via Expressa e lançar seu fluxo de veículos entre as duas pontes existentes no triângulo central. A irresponsabilidade desta ideia tange a demência, pois desconsidera dados óbvios, além de desconsiderar décadas de discussões sobre esta temática e experiências exitosas de outros enfoques ao redor do mundo. Será que não veremos nunca algo de fato propositivo no sentido de construirmos uma cidade para além destes obtusos critérios?