24 fev Moradores da Guarda do Embaú pedem solução para o Rio da Madre
O Movimento SOS Rio da Madre defende a instalação de saneamento básico em uma das praias mais importantes para o turismo do litoral catarinense, a Guarda do Embaú, em Palhoça. O movimento é composto por moradores, surfistas, comerciantes, pousadeiros, barqueiros e artistas, e está buscando apoio de autoridades políticas e personalidades para solucionar os problemas da comunidade, que afetem o turismo, a economia e o bem estar das pessoas.
No bairro, esgoto a céu aberto percorre o calçamento até a entrada da praia, onde o rio encontra o mar, causando odores desagradáveis e espantando os visitantes. Há suspeitas também de que o agrotóxico usado na produção de arroz polui o rio.
Em pronunciamento na tarde de quarta-feira (23), o deputado Sargento Amauri Soares (PDT) parabenizou a comunidade pela mobilização e pediu solução aos dois principais problemas: falta de saneamento e contaminação. “Os poderes públicos precisam tomar consciência, as autoridades precisam ser cobradas e o saneamento básico é uma exigência legal”, defende. “Eles [os manifestantes] estão aqui para defender a vida do rio, que está sendo destruído pela poluição”, disse, sobre a presença da comunidade nas galerias da Assembleia Legislativa.
O Rio da Madre nasce na Serra do Tabuleiro, corta parte da cidade de Paulo Lopes e deságua em Palhoça, na comunidade chamada Guarda do Embaú. Antes de desaguar no oceano, o rio percorre um trajeto de cerca de dois quilômetros paralelo à praia, criando uma restinga entre o rio e o mar. A praia, na opinião do deputado, é uma das mais bonitas de Santa Catarina.
Em manifesto, o movimento pede:
1 – Saneamento básico urgente, principalmente no centrinho da vila da Guarda do Embaú e região;
2 – Identificar e lacrar imediatamente os pontos de lançamento de esgoto;
3 – Controle e fiscalização dos rizicultores;
4 – Plantio de mudas de árvores nativas nas faixas de APP do Rio da Madre, como forma de proteção aos ecossistemas do rio;
5 – Exigência de adoção de critérios ambientais, baseados no princípio de precaução, na aprovação de planos diretores na área da baixada do Embaú.
(Alesc, 23/02/2011)