Mobilidade urbana e poluição sonora

Mobilidade urbana e poluição sonora

Da coluna de Cacau Menezes (DC, 02/02/2011)

É importante ressaltar, antes que esses inimigos pensem que isso é só coisa de manezinho, que nenhuma grande cidade do mundo conseguiu soluções para mobilidade urbana utilizando o automóvel como principal meio de transporte. Em Florianópolis, segundo estimativas do Ipuf, circulam diariamente 600 mil veículos, e se apenas 20% dos motoristas utilizassem o ônibus, 120 mil carros sairiam de circulação no Centro da Capital e o sistema de transporte coletivo seria autossuficiente.

Estacionamento de barraca

É assim que está a maioria das praias em Floripa nesse verão. Centenas de locadores de guarda-sóis e cadeiras ocupam parte considerável da areia, enquanto os banhistas têm que driblar os obstáculos impostos por eles na grande e democrática área pública que é a praia. Mas isso não é nada comparado ao som obrigatório que alguns bares impõem a quem quer aproveitar o mar. No Maurílio II da Joaquina, a poluição sonora vai do techno ao pagode sem esquecer o indefectível sertanejo universitário, que toca alto e irrita, com razão, quem não gosta do gênero e não troca o doce barulho do mar por essa confusão sonora. Ninguém merece. Muito menos os “dinossauros” da Joaca, a praia dos surfistas e da “contracultura”.