18 fev Experiência com Bandeira Azul em Jurerê Internacional deve orientar novo modelo para gestão de praias
A Associação FloripAmanhã acompanhou, como parceira, a conquista da Bandeira Azul por Jurerê Internacional e acredita que a perda, ocorrida em janeiro, prejudica, sobretudo, a cidade de Florianópolis.
Esta certificação internacional – que impõe padrões de qualidade para praias e marinas em todo o mundo – servia, para a capital catarinense, como “laboratório”, um projeto-piloto para se começar um novo modelo de gestão de praias, assunto pouco discutido na cidade hoje em dia, mas com ligação a tudo que nos cerca, seja referente ao turismo, a geração de renda e de serviços e, sobretudo, com a qualidade de vida na capital catarinense nos próximos anos.
Esta ideia foi compartilhada durante o workshop realizado na quarta-feira (16/02), em Jurerê Internacional, envolvendo Comitê Gestor da praia, Prefeitura, Associação de Moradores (AJIN) e a Habitasul. Segundo a diretora da empresa, Andréa Druck, o encontro foi positivo e serviu para mapear as ações necessárias para que a Bandeira Azul volte a ser hasteada na praia. Não foram tratados problemas específicos, mas sim a estrategia para “construir um sistema permanente e sustentável”, como exemplicou Druck.
A fiscalização, de responsabilidade do poder público municipal, não ocorreu de maneira adequada e o compromisso com o espaço público, questão chave do programa Bandeira Azul, não foi praticado por muitos frequentadores do famoso balneário do norte da Ilha de Santa Catarina. E os ajustes devem ocorrer na ação efetiva do poder público – na fiscalização – e na educação ambiental.
A FEE (coordenadora do programa no mundo) e o Instituto Ambiental Ratones (coordenador do programa no Brasil) sairam confiantes na volta da certificação em Jurerê Internacional.
“Do modo como estão sendo cuidadas boa parte das praias da Ilha, o futuro é desanimador e a experiência iniciada em Jurerê Internacional pode ser útil para a maioria de nossas praias”, salienta a presidente da FloripAmanhã, Zena Becker, pois os 33 pré-requisitos do programa formam as premissas que a Associação acredita serem as ideais para o desenvolvimento econômico e sustentável de nossos balneários.
“O arreamento da Bandeira Azul não deve ser considerado apenas uma perda ou um fato isolado, mas a oportunidade ideal para Florianópolis discutir, com seriedade, o gerenciamento costeiro”, completa Otavio Ferrari Filho, diretor da Câmara de Meio Ambiente.
O relatório da inspetora da FEE será encaminhado ao Instituto Ambiental Ratones, que repassará à prefeitura para que o órgão, se quiser, tome as providências necessárias para conseguir a certificação novamente. Neste caso, o município deve apresentar, em julho, a documentação de solicitação da bandeira para a temporada 2011-2012. A partir daí, a FEE faz nova vistoria, em novembro.