Experiência com Bandeira Azul em Jurerê Internacional deve orientar novo modelo para gestão de praias

Experiência com Bandeira Azul em Jurerê Internacional deve orientar novo modelo para gestão de praias

Bandeira AzulA Associação FloripAmanhã acompanhou, como parceira, a conquista da Bandeira Azul por Jurerê Internacional e acredita que a perda, ocorrida em janeiro, prejudica, sobretudo, a cidade de Florianópolis.

Esta certificação internacional – que impõe padrões de qualidade para praias e marinas em todo o mundo – servia, para a capital catarinense, como “laboratório”, um projeto-piloto para se começar um novo modelo de gestão de praias, assunto pouco discutido na cidade hoje em dia, mas com ligação a tudo que nos cerca, seja referente ao turismo, a geração de renda e de serviços e, sobretudo, com a qualidade de vida na capital catarinense nos próximos anos.

Esta ideia foi compartilhada durante o workshop realizado na quarta-feira (16/02), em Jurerê Internacional, envolvendo Comitê Gestor da praia, Prefeitura, Associação de Moradores (AJIN) e a Habitasul. Segundo a diretora da empresa, Andréa Druck, o encontro foi positivo e serviu para mapear as ações necessárias para que a Bandeira Azul volte a ser hasteada na praia. Não foram tratados problemas específicos, mas sim a estrategia para “construir um sistema permanente e sustentável”, como exemplicou Druck.

A fiscalização, de responsabilidade do poder público municipal, não ocorreu de maneira adequada e o compromisso com o espaço público, questão chave do programa Bandeira Azul, não foi praticado por muitos frequentadores do famoso balneário do norte da Ilha de Santa Catarina. E os ajustes devem ocorrer na ação efetiva do poder público – na fiscalização – e na educação ambiental.

A FEE (coordenadora do programa no mundo) e o Instituto Ambiental Ratones (coordenador do programa no Brasil) sairam confiantes na volta da certificação em Jurerê Internacional.

“Do modo como estão sendo cuidadas boa parte das praias da Ilha, o futuro é desanimador e a experiência iniciada em Jurerê Internacional pode ser útil para a maioria de nossas praias”, salienta a presidente da FloripAmanhã, Zena Becker, pois os 33 pré-requisitos do programa formam as premissas que a Associação acredita serem as ideais para o desenvolvimento econômico e sustentável de nossos balneários.

“O arreamento da Bandeira Azul não deve ser considerado apenas uma perda ou um fato isolado, mas a oportunidade ideal para Florianópolis discutir, com seriedade, o gerenciamento costeiro”, completa Otavio Ferrari Filho, diretor da Câmara de Meio Ambiente.

O relatório da inspetora da FEE será encaminhado ao Instituto Ambiental Ratones, que repassará à prefeitura para que o órgão, se quiser, tome as providências necessárias para conseguir a certificação novamente. Neste caso, o município deve apresentar, em julho, a documentação de solicitação da bandeira para a temporada 2011-2012. A partir daí, a FEE faz nova vistoria, em novembro.