Depósito de carros no Aterro da Baía Sul incomoda usuários

Depósito de carros no Aterro da Baía Sul incomoda usuários

Carros velhos apodrecem no Aterro da Baía Sul, ao lado do Camelódromo Centro Sul, e próximo a Feira Direto do Campo, em Florianópolis. Comerciantes e pessoas que trabalham no entorno já manifestam preocupação com a ocupação que começou há poucos dias. O terreno pertence ao Patrimônio da União e está sendo ocupado provisoriamente pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. De acordo com a Procuradoria da República, por falta de espaço, os carros aprendidos em operações policiais estão sendo transferidos para o local.
Um convênio firmado entre MPF e Polícia Federal, por um período de dois anos, possibilita que a área citada possa ser utilizada para abrigar veículos apreendidos em operações da Polícia Federal. De acordo com a assessoria do MPF os carros ficam no local enquanto ocorre a investigação, já que os pátios da Polícia Federal estão lotados.
Porém, a ocupação já desagrada os que transitam pelo local. “É um cemitério de carros velhos, sujos e enferrujados, emporcalhando aquela área nobre. É para isso que a União quer tomar aquele espaço”, questiona Miguel Kretzer de Sousa, que trabalha na região.
Comerciantes ficam mais dois anos

Uma audiência realizada em janeiro na 2ª Vara Federal de Florianópolis definiu que o Camelódromo Centro Sul, a Feira Direto do Campo e o estacionamento explorado pela Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital) poderão permanecer por mais dois anos no Aterro da Baía Sul, podendo ser prorrogado por mais um ano. No final do ano passado, a 4ª Turma do tribunal começou a analisar o recurso contra a sentença que determinava a devolução do imóvel à União, mas decidiu suspender o julgamento e enviar o processo ao Sistema de Conciliação da 4ª Região. O novo prazo para que os comerciantes desocupem a área termina em 17 de janeiro de 2013.
De acordo com a superintendente do Patrimônio da União em Santa Catarina, Isolde Spíndola, a nova sede do MPF no local ainda está em discussão. “Depende do parecer do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), devido à localização próxima do Forte de Santa Bárbara, que é um patrimônio tombado. Por isso obras na região precisam de autorização”, explica.
(Por Mônica Amanda Foltran, ND, 09/02/2011)