11 jan Varejo sustentável ao alcance de todos
Causa e pauta cada vez mais comuns em todos os cantos do planeta, a sustentabilidade começa a ganhar força (e tomar corpo) no varejo. As supersessões que abriram o Big Show 2011, a convenção da NRF (National Retail Federation – Federação Nacional do Varejo, nos Estados), em Nova Iorque, abordaram o tema exaustivamente. O desafio é equilibrar o aumento das vendas e os resultados financeiros e o comprometimento com as questões sociais e ambientais. Para a maioria dos lojistas a questão ainda é pouco clara – o que aumenta a importância das entidades associativistas no processo. A Federação das CDLs de Santa Catarina iniciou, há dois anos, o programa Recicla CDL, uma iniciativa pioneira no comércio do estado e que já ganhou espaço e reconhecimento nacional. O presidente da entidade, Sergio Medeiros, explica os passos para a expansão da ideia.
Pergunta – Os lojistas já conseguem praticar o varejo sustentável?
Sergio Medeiros – É mais fácil quando se fala de varejo consciente. Por exemplo: quando o lojista for comprar as mercadorias deve ser seletivo. As embalagens são recicláveis? O tamanho é proporcional ao produto ou há desperdício? A energia consumida na loja também é plenamente possível de ser controlada e significa redução de custos, valendo também para as impressões de documentos, descarte de resíduos, entre muitas possibilidades de ser consciente e diminuir custos.
P – E qual a expectativa de expansão da ideia de varejo sustentável?
SM – Alguns setores serão mais ágeis, notadamente alimentação, basta ver a rede Whole Foods, nos EUA, que não só vendem produtos orgânicos, como estabelecem uma valorizada parceria com seus fornecedores, transferindo credibilidade e valor de marca aos produtores. Mas as próximas gerações serão rigorosas na escolha daquilo que consomem, optando por aquilo que é ecologicamente correto. Quem sair na frente terá resultados mais rápidos.
(Carlos Stegemann, Acontecendo Aqui, 10/01/2011)