26 jan Comcap faz análise da geração de resíduos sólidos em Florianópolis no ano de 2010
Dados indicam aumento de 35% na coleta seletiva, fruto de investimento público e participação dos cidadãos
A quantidade de resíduos sólidos coletados aumentou cerca de 4% em Florianópolis no ano de 2010 se comparada ao ano anterior, segundo análise realizada pela Comcap. Foram coletadas pelo sistema porta-a-porta 155.123,82 toneladas de resíduos sólidos no ano, sendo que deste total, 149.020,26 toneladas foram recolhidas pela coleta convencional e destinadas ao aterro sanitário (96%), e 6.103,56 toneladas foram recolhidas pela coleta seletiva e destinadas às associações de catadores de materiais recicláveis do município e, posteriormente, à indústria da reciclagem (4%).
A partir dos valores de resíduos sólidos coletados e considerando a população do município de Florianópolis em 404.224 habitantes (IBGE, 2010), a geração anual per capita de resíduos sólidos foi de 372,27 kg / hab.ano (=1,020 kg / hab.dia). Se considerada a coleta e geração total de resíduos no município (podas, varrição, lixo pesado, etc), o valor anual de geração sobe para 167.759,84 toneladas e a taxa de geração per capita de resíduos sólidos também se eleva para o valor de 415,01 kg / hab.ano (=1,137 kg / hab.dia).
Apesar de possuir menos habitantes que Curitiba (que possui 1,147 milhões de habitantes – IBGE, 2010), Florianópolis apresenta maior geração per capita de resíduos sólidos, já que a cidade paranaense apresenta valores de 263,5 kg / hab.ano (= 0,72 kg / hab.dia) para coleta porta-a-porta e 504,7 kg / hab.ano (=1,38 kg / hab.dia ) para geração total de resíduos sólidos.
Ao analisar os dados de 2010, também é possível verificar um aumento de 35% na coleta seletiva em relação ao ano anterior realizada no município de Florianópolis, o que indica maiores investimentos públicos e uma maior participação popular no sistema. Esse crescimento garante maior sustentabilidade ao processo de gestão, já que resíduos potencialmente recicláveis deixam de ser enviados aos aterros, aumentando assim sua vida útil e garantindo trabalho e renda para parte da população.
(PMF, 25/01/211)