24 jan Cidades inchando e o novo centro dinâmico
Artigo escrito por Marco Aurélio Abreu, Diretor de Gestão Ambiental, Eng. Civil e Mestre em Administração (PMF/FLORAM, 24/01/2011)
É preocupante o aumento do número de pessoas nas cidades brasileiras, especialmente nas capitais, segundo Gerson Antonio Basso da FLORAM.
“Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta […] mas, também, os de natureza moral, social e humana” (Joanna de Ângelis).
Com base nas estatísticas da ONU, prevê-se que em 2030 o mundo contará com 9 bilhões de pessoas (para a CIA e a U.S. Census Bureau esta data é 2045). Ou seja, metade do que comporta o planeta, considerando os 30% de terras emersas – uma verdadeira ameaça ecológica.
Particularizando, em Santa Catarina o inchaço humano já é visível, tomando-se por base, não só a Mídia e o IBGE, mas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE/2010):
“Enquanto na maior parte do país o eleitorado migrou para o interior, em Santa Catarina os maiores colégios eleitorais foram justamente os que mais cresceram nestas eleições em relação aos números de 2008 […] Em 2010, o eleitorado em Florianópolis subiu 4,37% em relação a 2008, passando de 301.967 para 315.164 eleitores”.
Vejam! Esses números por si só comprovam que Florianópolis recebeu, por baixo, 13.197 pessoas em (02) dois anos – ou seja, 18 pessoas por dia (sem contar as crianças e os que entram sem registro, todavia, observado o pequeno percentual dos eleitores menores de 18 anos aptos a votar). Este fato é assustador, todavia, segundo os sociólogos isso ocorre porque as capitais atraem pessoas em busca de qualidade de vida.
Aliás, segundo o Professor Dr. Alcides Abreu, o então Governador Celso Ramos já havia imaginado esse cenário. Chegou-se a ventilar a transferência da CAPITAL para o interior – tirar Florianópolis do fervo (Mobilidade).
Neste instante cabe a questão: Não seria o momento de se criar um Novo Centro Dinâmico tal qual já é Florianópolis?
Sim, uma a nova geografia econômica, considerando 03 (três) dimensões: a) Densidade (tendência de aglomeração), b) Distancia (redução custos); e c) Divisão (ruptura de fronteiras).
A bem da verdade, Florianópolis que tem uma população aproximada de 400 mil, logo em 2030 terá mais de 1 milhão de pessoas. Nada obstante, o colapso será inevitável, causando danos à saúde humana, à flora e à fauna (Poluição, Patologias, Desmatamentos, Ocupações, destruições…).
As idéias mudam a vida no planeta e para que não haja tantos desequilíbrios ecológicos devido à parcela humana, importa transferi-las de áreas impróprias (APP’s/Encostas, Manguezais, Faixas Marginais de Proteção de Cursos D’água, Terreno de Marinha…) para outras.
É hora de mudar foco – dar um empurrão nas políticas públicas, pois, opera-se uma transição no planeta.
Todos por um consumo consciente do Meio Ambiente.