Açodamento e falta de planejamento

Açodamento e falta de planejamento

(Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 03/12/2010)
Obra feita às pressas dá nisso: tem que ser executada duas vezes. É o caso do viaduto da Seta, objeto de manchete do Notícias do Dia, edição de ontem (reportagem informava atraso nas obras por conta de “solo mole” encontrado pos engenheiros). Aliás, uma questão básica: solo podre é óbvio demais quando se trata de uma região de manguezal aterrada pelo homem. Análise de solos, em toda a área de uma obra, é um dos primeiros requisitos da engenharia para implantação de pontes, estradas e viadutos. E é bom que se diga que uma das principais críticas das oposições ao prefeito Dário Berger é sintetizada numa palavra: açodamento. Que pode ser um antônimo de “planejamento”. A repercussão do caso na cidade, no twitter, nos blogs, foi catastrófica.
Diferenças
No Papo de Redação (Guarujá) realizado na semana passada com a participação dos vereadores João Amin (PP) e Gean Loureiro (PMDB), uma das polêmicas entre os dois parlamentares foi exatamente a questão da velocidade das obras. Amin defendeu uma cidade planejada, com obras planejadas; Loureiro afirmou, com todas as letras, que é preciso tocar as obras, no sentido de “quem quer, faz”.
Prainha

Sobre as pendências em Florianópolis, Paulo Roberto lembra que não é apenas a ponte Hercílio Luz que está inacabada, mas também a Beira-mar Continental. “E como ela começa ou termina nas proximidades da Ponte Hercílio Luz, fica aqui uma pergunta: será que vão recuperar a bela prainha (foto), onde havia um estaleiro e algumas outras ocupações? A prefeitura que abra o olho, a área já está sendo invadida”.