SOS Rio Araújo

SOS Rio Araújo

Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 25/10/2010)

Militantes de organizações não-governamentais da Grande Florianópolis estão esperançosos de que, enfim, o rio Araújo possa merecer a atenção que merece. Até a Câmara de São José está empenhada numa operação SOS Rio Araújo. Além da contaminação com dejetos domésticos, o importante curso de água é ameaçado por outros elementos poluentes.

Segundo levantamento recente do Instituto Mangue Vivo 57 estabelecimentos utilizam óleos derivados de petróleo só na região de Campinas e Kobrasol. São 10 postos de combustível, 36 oficinas mecânicas e uma garagem de ônibus. Onde são descarregados os resíduos dessas atividades?

O próprio instituto aponta: não há fiscalização com intuito de coibir ou prevenir a prática de lançar óleos na rede de drenagem urbana. E isso vem ocorrendo com o rio Araújo, sem que nada de concreto tenha sido feito até agora.

Providências

O rio Araújo divide os municípios de São José e Florianópolis, tem 5,3 quilômetros de extensão e começa a despertar a atenção das autoridades. Na semana passada, a questão da poluição que toma conta do curso de água foi debatida na Câmara de Vereadores josefense. Se ainda não é uma solução, é pelo menos uma esperança de que, em breve, as autoridades responsáveis adotem as providências necessárias à sua descontaminação.

Ocupações

Leitor Leonardo Heller está indignado com reportagem apresentada na segunda-feira, sobre moradores de um loteamento irregular, no bairro Rio Vermelho, que reclamam obras de infraestrutura (calçamento de ruas). Leonardo observa que a prefeitura, em tese, só poderia atender essas reivindicações se os ocupantes de imóveis “apresentassem escritura pública de suas propriedades”. Sonha, Leonardo, sonha.