13 out Protesto por uma Lagoa mais verde e agradável
Moradores querem que área no Centrinho vire um parque e não um empreedimento comercial
Para que não sejam construídos prédios e empreendimentos comerciais numa área verde de 10 hectares, no Centrinho da Lagoa da Conceição,constrç em Florianópolis, moradores do bairro protestaram, ontem, no terreno conhecido como vassourão. A manifestação foi pacífica.
Apesar de ser particular, a comunidade quer que a área seja transformada num parque comunitário.
– Esse desejo é antigo e foi bastante discutido com o poder público e no Plano Diretor Participativo. Sabemos que é um terreno privado, mas o bem coletivo deveria sempre prevalecer – ressaltou o morador do bairro, Carlos Magno Nunes.
Um dos organizadores da manifestação, Eduardo Paredes, informou que o pedido do terreno para fins público foi formalizado por 53 entidades sociais, comerciais e empresariais, há mais de um ano.
– Esse é último espaço verde da região. Estamos indo na contramão do que tem sido pregado, que é preservar áreas verdes.
O ex-presidente da Associação de Moradores da Lagoa, Lelo de Oliveira, defendeu uma reunião com prefeitura, moradores e empresários, para se chegar a um acordo.
– O proprietário está no direito dele. Mas se for empreendimento com mais de dois pavimentos não podemos permitir. Isso é lei municipal.
O terreno, usado para pousos de parapente e asa-delta, pertence a uma família moradora do bairro. A empresa que irá construir é a Biterra Empreendimentos Imobiliários. A licença ambiental para o loteamento foi concedida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que depois suspendeu a autorização. De acordo com o presidente da instituição, Murilo Flores, eles entenderam que ela ia contra a um decreto municipal, que estabelecia regras para construções na cidade.
– Mas, depois esse decreto, foi considerado inconstitucional pela Justiça e a licença voltou a valer – explicou.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, disse que a prefeitura está aberta a um diálogo entre comunidade e empresários, mas observou que, por ser um terreno particular, eles não têm muito o que fazer.
– Imagina o valor desta área. Quem pagaria por esta conta?
(Por JÚLIA ANTUNES LORENÇO, DC, 13/10/2010)