14 out Obra no Pantanal pode sair este ano
Um trecho da rua principal do bairro será duplicado e outro, revitalizado
Quem circula pela Rua Deputado Antônio Edu Vieira, a principal do Bairro Pantanal, em Florianópolis, vai perceber mudanças no local até o fim do ano. A secretaria de Obras da Capital já lançou o edital de licitação para a duplicação e revitalização da via. De acordo com o cronograma, a obra deve começar em dezembro.
De acordo com o secretário de Obras, Luiz Américo Medeiros, será duplicado um quilômetro da rua, entre os trevos da Eletrosul e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde está localizado o Restaurante Dona Benta.
O projeto prevê a construção de mais duas pistas – uma de cada lado – ciclovia, acostamento e passeios. Nos 900 metros restantes será feita a revitalização da via, com substituição das calçadas e do pavimento da rua.O preço máximo da obra é de R$ 5,73 milhões. O secretário informa que o investimento será feito pela Prefeitura com recursos do Badesc.
– Queremos eliminar as filas no trânsito e dar mais mobilidade urbana para quem circula na região. Além disso, vamos revitalizar o piso e os passeios – garante.
Segundo o cronograma, no próximo dia 9 devem ser abertos os envelopes com as propostas das concorrentes. O prazo para execução é de um ano, a partir da data de recebimento da ordem de serviço pela empresa vencedora, que deverá ser emitida em até 30 dias após a homologação da licitação.
O cumprimento das datas, porém, dependerá da doação de uma área pela UFSC. De acordo com o dirigente da Coordenadoria de Planejamento de Recursos Humanos e Ocupação Física, João Carlos dos Santos Fagundes, trata-se de um terreno de 14,7 mil metros quadrados.
Uma comissão mista com membros da universidade e do Instituto de Planejamento Urbano da Capital (Ipuf) foi criada para avaliar o projeto e discutir alternativas.
Até sexta-feira, a UFSC deve dar o parecer sobre a cedência da área. Na próxima semana, a comissão deve se reunir para dar continuidade à análise do projeto. O professor prevê cerca de dois meses para a formalização da doação, caso seja aprovada.
– Do jeito que o trânsito está, não dá para ficar. Mas o estudo do projeto é necessário porque a obra não envolve somente a universidade e a prefeitura, mas toda a comunidade. É preciso dar segurança tanto para o fluxo de veículos quanto para o de pessoas no entorno da rua – avalia.
(Por MELISSA BULEGON, DC, 14/10/2010)
Alívio para a comunidade
Ao meio-dia e no fim da tarde são os horários em que o estudante de Educação Física da UFSC, Douglas André Borges da Silva, enfrenta o maior fluxo de veículos na Rua Deputado Antônio Edu Vieira.
Para tentar driblar o trânsito, ele optou pela motocicleta para se deslocar do Centro, onde mora, até a universidade. Enquanto que, de carro, leva uma hora para fazer o trajeto, sobre duas rodas gasta só oito minutos.
– Preciso passar por aqui nos piores horários e não gosto de pegar fila. Acho que a duplicação vai melhorar o acesso para a universidade. Podiam fazer uma rótula para ingressar com mais facilidade no estacionamento. Até já me envolvi em acidente nesse trecho. As pessoas não têm muito cuidado e às vezes todos querem ocupar o mesmo espaço – diz.
A opinião é compartilhada pelo também aluno de Educação Física, Felipe Zuri, de 21 anos. Ele mora no Bairro Coqueiros e se desloca de bicicleta para estudar. O estudante espera que com a construção da ciclovia fique melhor para transitar na região.
– Eu venho de bike porque sai mais barato, além do que de ônibus demora muito e tem a questão dos horários. Vai ser demais se eles fizerem mesmo a ciclovia porque o pessoal não nos respeita, não tá nem aí.
Para Alessandra Santos da Costa, proprietária de panificadora no bairro, a obra deve trazer benefícios para os negócios, já que os clientes mais antigos reclamam frequentemente do trânsito da via, que dificulta o acesso ao estabelecimento.
Há 26 anos instalada na esquina das ruas Deputado Antônio Edu Vieira e João dos Santos, ela espera que o movimento melhore depois da duplicação, mas destaca que a obra precisa contemplar os dois sentidos da pista.
– Vai ser muito bom. Tem muita fila por aqui e o pessoal não consegue parar por causa do trânsito.
(DC, 14/10/2010)