12 ago Saneamento
Artigo escrito por Zena Becker, Presidente da Associação FloripAmanhã (DC, 12/08/2010 e ND, 12/08/2010)
O saneamento básico é essencial para a vida nas cidades. Impraticável pensar em uma sociedade desenvolvida sem serviços de saneamento básico para toda a população. Nesse caso, ter parte dos moradores de uma cidade desassistida por esses serviços é demonstração de falta de visão estratégica e do conhecimento de sua importância para a qualidade de vida dos moradores. Os governantes, geralmente, não valorizam esses serviços como deveriam, talvez porque as instalações do saneamento básico não são visíveis pelas pessoas no seu dia a dia.
Um dos maiores problemas causados pela ausência de saneamento básico é o de saúde pública. A falta desses serviços, principalmente em regiões carentes, é a causa de inúmeras doenças, como cólera, leptospirose, meningite, diarreia, polio e febre tifoide. São apenas algumas das dezenas de doenças causadas pela carência do saneamento, que destroem a saúde das pessoas e, consequentemente, suas famílias, causando grandes prejuízos para toda a sociedade.
A falta de saneamento básico adequado afeta os alicerces para o desenvolvimento de uma sociedade e, na Capital dos catarinenses, prejudica diretamente uma das principais atividades econômicas, o turismo, facilmente identificada durante o verão, como, por exemplo, nos locais impróprios para banho nas praias da Ilha, um dos assuntos levantados no recente evento sobre a temporada. Em Florianópolis, as coisas parecem estar mudando. O Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (Pmisb) hoje é uma proposta viável.
Para o município poder receber recursos federais, o projeto do Pmisb – elaborado pela empresa MPB e por técnicos do Ipuf e da Floram, e analisado pelo Conselho Municipal de Saneamento – precisa passar por sete audiências públicas e ser aprovado pela Câmara de Vereadores até o final do ano.
No site da prefeitura, a população pode dar sua sugestão.