30 jul UNESCO avalia documentação de Florianópolis
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) está analisando o resumo executivo do dossiê sobre o potencial de Florianópolis para a gastronomia, enviado neste mês pelo grupo gestor que solicita autorização para que Florianópolis seja inscrita na Rede Mundial de Cidades Criativas – categoria Gastronomia. A resposta da Unesco deve sair em agosto.
O grupo gestor que conduz o projeto é formado pela FloripAmanhã, SEBRAE , FAPESC (Fundação de Apoio a Pesquisa de Santa Catarina) e gerência de projetos da FCC (Fundação Catarinense de Cultura). O documento busca identificar onde há oferta qualificada em produtos e serviços na área da gastronomia em Florianópolis. “Com esta ação, Florianópolis só ganha, pois sairia na frente para ser a primeira no programa e valorizando a gastronomia, um dos atrativos da cidade”, diz Zena Becker, presidente da FloripAmanhã.
O documento apresenta dados sobre a origem da cidade, infra-estrutura receptiva existente (vias de acesso, hotéis, pousadas, bares, restaurantes, agencias, companhias aéreas, portos e aeroportos), culinária dos imigrantes, pesquisas cientificas e tecnológicas na área de alimentos realizadas na cidade, cursos de capacitação (cursos técnicos, tecnológicos e superiores em engenharia de alimentos, gastronomia, e serviços), insumos locais e regionais (maricultura, pesca artesanal, pesca industrial, agricultura orgânica, agricultura intensiva, etc), potencial de divulgação (programas de televisão, revistas especializadas, colunas em periódicos, livros publicados, concursos, feiras, eventos gastronômicos, rotas gastronômicas), instituições relacionadas, política municipal para a área e o plano de ação.
Se a inclusão for viabilizada, Florianópolis ganha visibilidade para a cidade e repercussão internacional, incremento do turismo qualificado, estímulo à criação de novos empreendimentos relacionados com a gastronomia, incentivo à formação especializada nos diversos segmentos relacionados com a gastronomia, maior conscientização da população para a qualidade dos serviços, organização de festivais gastronômicos temáticos, consolidação das rotas e vias gastronômicas da cidade e desenvolvimento e produção de novos artefatos de suporte e agregação de valor à gastronomia local.
Lançada em 2004, a rede tem como princípio encorajar a exploração do potencial criativo, social e econômico existente nas cidades em áreas temáticas que compõe as chamadas “indústrias criativas” e de promover localmente sua diversidade cultural. Participam da rede diversas cidades – nenhuma brasileira – em sete categorias: literatura, música, cinema, artesanato e arte regional, artes midiáticas, design e gastronomia.