09 jul Uma beira-mar, duas realidades
Parte da avenida que liga São José e Florianópolis ainda está sem infraestrutura para motoristas, ciclistas e pedestres
Depois de 15 dias da tão esperada inauguração, o trajeto da Avenida Beira-Mar de São José está melhor do que o de Florianópolis. A boa estrutura do lado josefense não se repete no trecho da Capital. Com as obras, apenas dois pontos são comuns nas duas cidades. Os motoristas elogiam o fluxo do trânsito no local e os pedestres pedem por faixa de segurança.
Ao longo do trecho que pertence a São José existem vários postes de iluminação, há posto da Polícia Militar e da Guarda Municipal, parques infantis, quadra, campo de bocha e um projeto de arborização e paisagismo. Também há sinalização para ciclistas. Já no trecho da Capital, as obras estão paradas. Sinalização, tanto para veículos, pedestres ou ciclistas, não existe. Muito menos postes de iluminação pública ou áreas de lazer para os usuários.
Apesar da falta de estrutura do trecho de Florianópolis, a obra já descongestionou o trânsito no sentido São José – Florianópolis, e desafogou a Avenida Presidente Kennedy. Para o engenheiro Valdir Viana, 68 anos, a finalização da estrutura foi boa porque facilitou o percurso dele em 90%.
– Antes, eu entrava em outra rua. O trânsito demorava muito, por causa do tempo do semáforo que não era compatível com o fluxo de carros – garante.
Apesar dos elogios ao trânsito, os usuários precisam ficar atentos à falta de uma sinalização.
No entroncamento da Presidente Kennedy com a Beira-Mar, muitos motoristas, em alta velocidade, não param e correm o risco de sofrer um acidente. No local, não existe placa informando quem deve parar.
O comerciante Antônio José Hames, 56 anos, observa que ainda não ficou 100%, mas já ajudou. Ele também caminha com frequência no local.
– Está tudo limpo, a grama cortada e os funcionários da prefeitura de São José sempre estão trabalhando em alguma melhora diferente. Só a faixa de pedestres que ficou longe. Mas já que é caminhada, pode ir até o outro lado atravessar – ressalta.
A falta de duas faixas de pedestres antes da divisa municipal também é percebida. A moradora Carmen Sagaz, 49 anos, levanta a bandeira para o problema ser resolvido. Assim, ela não precisa caminhar até o final:
– O acesso ficou muito bom. Só falta a faixa de pedestre e, do outro lado, a iluminação.
(Por JOANA GANDIN, DC, 09/07/2010)