20 jul Sacolas de Plástico: O bom exemplo do Oeste Catarinense
Para quem pensa que, quando se mexe no bolso das pessoas, a conscientização fica mais fácil, Xanxerê é um exemplo concreto. Diferente do que se pode imaginar, a ideia de não distribuir mais as sacolas de plástico tradicionais veio dos próprios supermercado da cidade de pouco mais de 40 mil habitantes, no Oeste de SC.
Preocupados com o uso abusivo das sacolas, os supermercadistas decidiram vender em vez de distribuir as sacolas em suas lojas. O foco era a importância da reutilização – fosse de uma sacola de pano, de plástico ou uma caixa de papelão.
Na Secretaria Municipal do Meio Ambiente e em outras entidades locais, encontraram o apoio que precisavam para efetivar a ideia de conscientização. O projeto, que durou seis meses, teve imprensa, escolas e associações de moradores como alvos.
– Sem uma rede de apoiadores não é possível mudar nada – garante Edson Marció, supermercadista e um dos coordenadores do projeto.
Para banir as embalagens plásticas, sacolas retornáveis foram disponibilizadas a preço de custo, e cerca de 3 mil unidades foram doadas para famílias carentes. Hoje, a unidade de sacola plástica tradicional é vendida por R$ 0,10, e a de papel, por R$ 0,25, em 90% dos supermercados locais.
Após um ano de campanha, mais de 84% da população diz ter se adaptado à nova realidade. A medida foi copiada na vizinhança. Mais 11 cidades no Oeste de SC replicaram o projeto e outras quatro estão em fase de implantação. Todas com o apoio de Xanxerê, que deixou de consumir cerca de 40 toneladas de sacolas em um ano de projeto.
(DC, 20/07/2010)