21 jul Lixo zero
Artigo escrito por Otávio Ferrari Filho, vice-presidente da Associação FloripAmanhã (DC, 21/07/2010)
No passado, aceitava-se como natural que aumento populacional acarretava automaticamente aumento do volume da coleta de lixo comum. No presente, não é ecologicamente correto. E no futuro, o que se espera? No ano de 2010, foram aprovadas diversas políticas públicas referentes à redução de resíduos.
Um dos mais sérios problemas do país, que é a ausência de regras para tratamento das 150 mil toneladas de lixo produzidas, diariamente, nas cidades brasileiras, é o principal alvo de um projeto aprovado no dia 7 deste mês pelo Senado. A lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos já foi encaminhada para ser sancionada pelo presidente da República.
No âmbito estadual, foi publicada a Lei 15.112, de 19 de janeiro de 2010, que dispõe sobre a proibição de despejo de resíduos sólidos reaproveitáveis e recicláveis em lixões e aterros sanitários e a 15.119, de 19 de janeiro de 2010, que dispõe sobre a coleta dos resíduos sólidos inorgânicos nas áreas rurais. Na Câmara Municipal de Florianópolis, está em fase de aprovação, projeto de lei 3.824/1992 que institui a Política Municipal de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos.
Uma população devidamente orientada para reciclar o lixo que produz, e um sistema de coleta e triagem fortalecido permitem antever que será factível ampliar o percentual de resíduos recicláveis e perseguir o seguinte objetivo estratégico para 2015: ter a gestão sobre os resíduos sólidos de Florianópolis consolidada como uma verdadeira política pública, com legislação específica, participação da sociedade, fiscalização efetiva e resultados mensuráveis, construindo uma sustentabilidade plena.
Galgando esses passos, infere-se que o desafio de lixo zero em 2030 não é utópico.