01 jul Estação no Campeche vai sair do papel
Depois de seis meses embargada, a construção do Sistema de Esgoto do Campeche será retomada em breve. Um acordo entre a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio), que questionava o local de lançamento dos efluentes, determinou o fim do impasse.
No documento assinado no fim de maio, com aprovação da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e do Conselho Municipal de Saneamento, o Rio Tavares, antes ameaçado, agora tem garantias de preservação. O novo cronograma da obra depende da publicação da decisão da Justiça Federal, que extinguiu a ação de embargo.
De acordo com a assessoria de imprensa da Casan, o sistema de esgotos do Campeche prevê a instalação de 57 quilômetros de rede coletora, a construção de oito estações elevatórias e de uma estação de tratamento de esgotos (ETE). Serão executadas ainda 2,8 mil ligações domiciliares para atender uma população de 25 mil habitantes.
O investimento, de R$ 30 milhões, faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC) e com contrapartida da Casan. Desde julho do ano passado, o ICMBio e a estatal travam na Justiça uma discussão sobre a obra.
O projeto previa o lançamento dos efluentes tratados no Rio Tavares, curso de água que desemboca na Baía Sul. Mas,a pressão dos moradores do Sul da Ilha e dos maricultores, que temiam prejuízos à produção, culminou com a alteração do projeto.
A ideia agora é construir um sistema de tubos, conhecidos como emissário submarino oceânico, responsável por lançar o esgoto tratado em alto-mar, reduzindo o impacto.
(Por Nanda Gobbi, DC, 01/07/2010)