14 abr Golfe 2016
Artigo escrito por Fernando Marcondes de Mattos, empresário (DC, 14/04/2010)
Pouco mais de dois anos depois de inserirmos Florianópolis no panorama nacional do golfe, com a instalação do único campo da cidade destinado a este esporte, colhemos o primeiro resultado desta iniciativa: a criação da pioneira equipe pré-olímpica de golfe do país, formada por cinco jovens entre 14 e 21 anos.
Mas isso não seria possível sem estimular praticantes que, com a existência de um campo, trouxeram amigos, familiares e acabaram tornando-se entusiastas do golfe, obtendo todos os benefícios agregados à modalidade: contato com a natureza, desenvolvimento de técnicas de concentração, saúde, bem-estar e novas amizades. O dia a dia com essas pessoas permitiu observar novos talentos, geralmente jovens incentivados pelos pais, que despontam como futuras estrelas do golfe. Faltando seis anos para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, quando o golfe retorna aos Jogos após mais de um século, escolhemos cinco dos nossos promissores jogadores e decidimos treiná-los incessantemente ao ponto de disputarem as vagas brasileiras no evento olímpico. Dois deles, jovens de família humilde e funcionários do empreendimento, que iniciaram como caddies (carregadores dos equipamentos dos golfistas) e constam entre as promessas do golfe nacional. No Brasil, esta modalidade foi sempre associada ao glamour e à sofisticação, e é surpreendente que tenha se transformado num vetor de inclusão social.
O trabalho é árduo e a dedicação deve ser total, tanto nossa quanto dos atletas. Para que todas as possibilidades sejam exploradas ao máximo, dispomos de instrutores de alto nível, um campo como poucos no país, apoio psicológico, dietas balanceadas, softwares de última geração e a motivação, que contagia a todos: a possibilidade real de fazermos de Florianópolis o celeiro de talentos de um esporte que o Brasil começa a conhecer.