08 mar Perseguição acaba com três passageiros baleados na Beira-mar
Veículo tinha 20 marcas de tiros na lataria, motorista perdeu controle e bateu contra um poste
A Avenida Beira-Mar, em Florianópolis, parecia cenário de filme americano de ação no sábado à tarde. Houve perseguição entre carros, tiroteio e um Focus bateu contra um poste depois que os três ocupantes foram baleados.
O funcionário de um estabelecimento, que não quis se identificar, contou que o veículo onde estavam as vítimas contornou a Avenida Mauro Ramos com o motorista acelerando. No encalço, vinha um Honda Civic, também em alta velocidade.
Os carros seguiram até as imediações do Restaurante Habib’s. O motorista do Focus perdeu o controle, avançou sobre a via marginal e bateu de frente num poste.
Baleado no abdômen e na perna esquerda, um adolescente de 14 anos não pôde correr. Atingido na nádega esquerda, Welington Luiz de Assunção, 23 anos, tentou fugir. Foi encontrado por policiais militares perto do local do acidente, na Rua São Vicente. Recebeu alta ontem de manhã do Hospital Universitário.
Rapaz encontrado com três perfurações no abdômen
No relatório do Corpo de Bombeiros, consta que André Vargas Pinto, 21 anos, foi encontrado com três perfurações no abdômen, caído de costas na Travessa Rouxinol. Ele e o adolescente permanecem internados no Hospital Celso Ramos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), havia pelo menos 20 marcas de tiro no Focus.
Foram recolhidas cápsulas de pistolas .40 e nove milímetros. A primeira arma é de uso exclusivo das polícias Civil e Militar; a outra, da Polícia Federal e das Forças Armadas.
O major Flávio Ivanoski disse que, pelas características das munições, podem ter sido contrabandeadas do Paraguai.
Até ontem à noite, não havia pistas do carro que perseguiu o Focus nem dos atiradores. Os pontos por onde os veículos passaram não têm câmeras, segundo a PM. Na 5ª Delegacia de Polícia, os dois policiais de plantão afirmaram que a investigação começaria na manhã de hoje, sob a coordenação da delegada.
Os investigadores não sabiam dizer se os radares das sinaleiras da avenida fotografaram os carros. Eles também não consultaram o sistema da Secretaria da Segurança Pública para saber em nome de quem estava o carro e se as vítimas tinham passagens policiais.
(Por Felipe Pereira, DC, 08/03/2010)