26 fev Temporada: Empresários dizem que movimento foi menor nos restaurantes
Pesquisa feita pela Abrasel em cem restaurantes do Estado mostra balanço negativo deste Verão
A temporada frustrou as expectativas do segmento de bares e restaurantes no Litoral de Santa Catarina. É o que aponta a segunda etapa de pesquisa da Abrasel-SC com donos de cem restaurantes, ouvidos ao longo desta semana. Para 42% deles, o movimento de turistas foi menor do que no verão passado.
Fevereiro foi considerado pior, contrariando as previsões em torno do feriado de Carnaval. Em todas as regiões do Estado, 35% dos entrevistados avaliaram o mês de janeiro como melhor ou muito melhor do que no verão anterior, e apenas 28% disseram o mesmo sobre fevereiro.
O presidente da Abrasel-SC, Ézio Librizzi, aponta como um dos motivos para explicar o resultado ruim foram as fortes chuvas ocorridas São Paulo e no Rio Grande do Sul.
– Acreditamos que as chuvas causaram transtornos nos principais estados emissores de turistas, o que dificultou a vinda deles para veranear aqui – afirma.
Mesmo assim, gaúchos e paulistas continuam sendo os turistas com maior presença, segundo os estabelecimentos.
Em Florianópolis, 29% dos bares e restaurantes afirmaram que havia uma grande quantidade de visitantes dos dois estados. No Estado, a percepção de 28% dos empresários é que os gaúchos vieram em número maior este ano.
Mais da metade dos estabelecimentos da Capital ainda afirmou ter atendido nesta temporada a mais visitantes estrangeiros.
Mais respostas negativas surgiram sobre o poder aquisitivo dos clientes. Dos entrevistados, 37% afirmaram que caiu neste verão.
Falta de mão de obra é uma das reclamações
Quando questionados sobre as dificuldades encontradas nessa temporada, os motivos mais lembrados pelos empresários continuam sendo os mesmos citados nas pesquisas anteriores: falta de mão-de-obra qualificada e a deficiência no sistema viário e na infraestrutura.
Para 40% dos entrevistados da Capital, a principal reclamação continua sendo o trânsito. No Norte do Estado, 42% consideraram como maior dificuldade a formação de uma equipe qualificada para atender a demanda.
Dos entrevistados no Estado, 15% destacaram a infraestrutura como um agravante, tendo como consequência as quedas de energia e falta de água durante o verão.
A pesquisa engloba estabelecimentos dos litorais Norte, Sul, Central e das principais regiões da Capital, como Lagoa da Conceição, Ilha-Centro, Ilha-Norte e Ilha-Sul.
(DC, 26/02/2010)