18 jan Tecnologia e construção no topo
A AltoQi, de Florianópolis, não poderia estar em melhor lugar em 2010. A empresa está ligada aos dois segmentos mais otimistas: tecnologia e construção civil.
A empresa catarinense, dos sócios Rui Luiz Gonçalves e Jano d’Araujo Coelho, desenvolve tecnologia aplicada à engenharia civil. E prevê crescimento em um ano com o ritmo acelerado de novas obras na construção civil.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) da Grande Florianópolis, Hélio Bairros, lembra que muitas das obras aprovadas nos últimos anos começam a ser erguidas agora em 2010, o que traz novo impulso ao mercado. A previsão é de um crescimento de até 8% neste ano, na comparação com 2009.
Bairros diz que o grande desafio do setor é vencer a falta de mão de obra qualificada. Em SC, o Sinduscon pretende avançar em 2010 no projeto de construção de um centro de formação profissional voltado exclusivamente para a construção civil. A entidade busca parcerias para o projeto.
No setor de tecnologia, demanda por profissionais bem preparados também preocupa. Mas Rui Gonçalves, também presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), confia que o ritmo forte de crescimento será mantido. Ele diz que empresas da região estão atentas para nichos específicos, como o de segurança, que deve ganhar espaço com realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil nos próximos anos.
Em todo o Estado, existem cerca de 1,5 mil empresas de base tecnológica. Quinhentas só em Florianópolis, gerando quase 10 mil empregos diretos. Juntas, as empresas da Capital faturaram R$ 1 bilhão no ano passado. Mas Gonçalves diz que existe potencial para novos investimentos em outras cidades catarinenses. Ele cita o exemplo de uma empresa de Lages, na Serra, que desenvolveu o primeiro software de mergulho do país.
– E isso que eles nem têm praia lá – brinca.
(DC, 18/01/2010)